2015: o ano do ransomware

De acordo com o relatório anual Mobile Virusology elaborado pelo grupo de Analistas Antimalware da Kaspersky Lab, o volume de malware dirigido aos utilizadores de dispositivos móveis triplicou em 2015 em comparação com o ano anterior.

Os dados disponibilizados revelam que o número de utilizadores das soluções móveis da Kaspersky Lab que sofreram uma tentativa de ataque por ransomware cresceu de 1 por cento para cerca de 4 por cento entre 2014 e 2015.

Este tipo de ataques esteve em destaque em 156 países, sendo que a Rússia, a Alemanha e o Cazaquistão foram os países que mais sofreram com estes ataques. O Trojan-Ransom.AndroidOS.Smallmalware e a sua variante Trojan-Ransom.AndroidOS.Small.o foram os mais ativos, informa a Kaspersky Lab.

Segundo consta no relatório, o número de variantes de ransomware cresceu 3,5 vezes. Os peritos da Kaspersky Lab afirmam que, em 2016, é provável que se verifique um incremento na complexidade deste malware e das suas variantes, assim como no número de países a que se dirige.  

Os resultados evidenciam que quase 50 por cento dos principais Trojans de 2015 eram programas maliciosos que instalavam publicidade intrusiva nos dispositivos móveis. Os Trojans mais disseminados no ano passado foram o Fadeb, Leech, Rootnik, Gorpro e ZtorgTrojans. Os cibercriminosos utilizavam todos os métodos possíveis para propagar este malware: através de banners maliciosos, jogos falsos ou outras aplicações legítimas publicadas nas lojas oficiais. Em muitos casos, imitavam o software legal pré-instalado pelo fabricante do dispositivo.

Ainda que o número de variantes deste tipo de malware tenha reduzido, em 2015 os Trojans bancários cresceram significativamente, diz a Kaspersky Lab. Anteriormente, os cibercriminosos utilizavam várias aplicações maliciosas para atacar uma ou duas organizações financeiras em poucos países. Hoje, usam só um tipo de malware para atacar clientes de dezenas de bancos localizados em diferentes partes do mundo. Um exemplo deste tipo de malware é o Trojan Acecard, capaz de atacar utilizadores de dezenas de bancos e serviços web.