Estudo da Deloitte revela principais motivos e obstáculos à internacionalização das PME´s

Para 48% dos inquiridos, o desconhecimento dos mercados internacionais e a mobilização de recursos financeiros são outras dificuldades sentidas no processo. 

“Estudo Sem Fronteiras”, realizado pela Deloitte em parceria com a AICEP tem por objetivo identificar as principais motivações e obstáculos que as PME enfrentam no processo de internacionalização. Concluiu-se que as principais razões que levam as empresas a dar início a este processo são o fato do mercado nacional estar saturado, a vontade de melhorar margens e rentabilidade e de explorar novos nichos de mercado.

De acordo com Luís Belo, partner Deloitte responsável pelo “Estudo Sem Fronteiras”, “Nos dias de hoje, a internacionalização das empresas portuguesas é mais do que um desafio para o futuro. Crescer ‘extra muros’ é, em muitos casos, a resposta necessária e indispensável para enfrentar os desafios do presente e assegurar a sustentabilidade futura das Organizações”.

No estudo, o panorama global de internacionalização das pequenas e médias empresas portuguesas é analizado e as melhores práticas são realçadas. De acordo com os primeiros resultados, 87% das empresas que responderam ao inquérito já iniciaram o seu processo de internacionalização, sendo que 42% das empresas iniciaram o processo há mais de cinco anos.

O estudo está disponível numa inovadora plataforma online que pode ser consultada em estudosemfronteiras.com, estando, por sua vez, divido em quatro grandes blocos de informação (Terminais), onde a totalidade dos resultados será disponibilizada faseadamente:

À semelhança de um aeroporto, encontram-se no no Terminal 1 o “início do processo/riscos/dificuldades”, no Terminal 2 os “destinos/relações comerciais”, no Terminal 3 as “vantagens/estratégias/operações do processo” e, finalmente no Terminal 4 o “financiamento/volume de negócios e serviços”.

Para as empresas, os principais entraves à internacionalização são as barreiras criadas à entrada nos países de destino, segundo 51,4 % dos inquiridos e a falta de apoio ou incentivos estatais, de acordo com 50,6%. Para 48% dos inquiridos, o desconhecimento dos mercados internacionais e a mobilização de recursos financeiros são outras dificuldades sentidas no processo.