“PME: Equipadas Para Competir”

Contudo, a prioridade de investimento para as PME portuguesas vai para as tecnologias de Social Media (47%), Cloud Computing (46%) e de Mobilidade (45%).

Segundo este estudo, realizado com a colaboração de executivos de 2100 empresas de 21 países de todo mundo, dois terços das empresas inquiridas encontram-se numa das fases do processo de transformação dos seus negócios, embora as PME portuguesas estejam longe desta realidade, dado 80% ter referido não ter qualquer iniciativa perante esta lógica competitiva.
 
Jorge Reto, Director Comercial da SAP Portugal, refere que “Uma das conclusões a retirar deste estudo é que as PME portuguesas precisam de iniciar rapidamente processos de transformação dos seus negócios para poderem competir no mercado local e internacional, algo que a maioria das suas congéneres internacionais já estão a fazer. Um factor bastante positivo é que as PME portuguesas vêem na inovação e na tecnologia o caminho para o crescimento, o que poderá vir a dinamizar iniciativas de transformação dos negócios”.
 
Na verdade, Portugal é o país da Europa onde as PME estão a apostar menos na mudança dos modelos de negócio, tecnologia, ofertas de produto e estratégias de mercado. Somente 4% das PME nacionais revelam ter esta iniciativa, enquanto em outros países da Europa esta realidade não se apresenta da mesma maneira (22% em Espanha e Polónia, 19% em França, 18% em Itália e Reino Unido, 16% na Alemanha).
 
A discrepância é ainda maior no que diz respeito às intenções de desenvolvimento de iniciativas de transformação do negócio. Em Portugal, apenas 5% das PME dizem estar a planear uma transformação, enquanto esta intenção é claramente superior nos outros países europeus (54% na Alemanha, 51% em França e Reino Unido, 48% em Itália, 43% em Espanha, 38% na Polónia).
 
A transformação de negócio das PME nacionais baseia-se na adoção de competências digitais, através da contratação, formação ou aquisições, enquanto só 20% das empresas a nível global adoptou este racional estratégico.
 
No que diz respeito às três principais tendências que estão a afetar o negócio das PME portuguesas, importa sublinhar a mudança da procura e das expectativas dos clientes, que foi referida por 56% das empresas nacionais. A maior complexidade da cadeia de abastecimento foi o segundo fator mais referido (37%) e, finalmente, temos as oportunidades de crescimento no mercado regional ou em mercados mais vastos (29%).
 
Quanto ao número de países onde as empresas fazem negócios, mais de três quartos (76%) das PME portuguesas operam só em Portugal e apenas 8% opera em mais de três países.
 
Para que haja alguma resistência face à mudança, é claro que existem alguns desafios que se impõem, estando associado o estabelecimento de parcerias e alianças estratégicas para 45% das PME portuguesas. Por sua vez, as prioridades estratégicas para a transformação do negócio, a necessidade de se criar uma cultura de inovação e de se investir em novas tecnologias são referidas por 45% dos inquiridos. A relevância desta prioridade é reforçada pelo facto de 70% das PME portuguesas acreditarem que a tecnologia pode ajudá-las a alcançar longevidade e, consequentemente, um crescimento sustentável.

Em Portugal, 29% das PME estão ativamente a contratar colaboradores para apoiar as suas actividades de crescimento, mas 13% refere ter cada vez mais dificuldades em recrutar profissionais com as competências adequadas ao seu negócio. Contudo, a prioridade de investimento para as PME portuguesas vai para as tecnologias de Social Media (47%), Cloud Computing (46%) e de Mobilidade (45%).