Chegada da Geração Z abre novas oportunidades às empresas

De acordo com um estudo patrocinado pela Ricoh, mais de metade dos colaboradores afirmam que as respetivas entidades empregadoras não conseguem ir ao encontro das necessidades das diferentes gerações no local de trabalho. Esta conclusão sugere um caminho no sentido da colisão a nível corporativo, uma vez que pela primeira vez na História uma quarta geração – a Geração Z – ingressa a população ativa.
Mas o que é que a Geração Z quer e espera ao certo? Merecem o rótulo, atribuído por alguns, de indivíduos excessivamente exigentes e obcecados por ecrãs em busca de reconhecimento imediato? Um inquérito a mais de 3300 pessoas agregando as quatro gerações e 22 países da Europa, Médio Oriente e África deu como resposta um enfático “não”.
Os indivíduos da Geração Z foram fortemente influenciados pelos pais individualistas da Geração X, ouviram histórias dos avós do Baby Boom e assistiram aos erros e êxitos da Geração do Milénio. Combinando esta influência com o seu interesse por tudo o que é digital, possuem uma base sólida para atingir objetivos e educar os outros num mundo profissional exigente e em constante mudança.
A maioria dos colaboradores dos inquiridos de todas as gerações acredita que uma força laboral de diferentes idades constitui um ativo para uma empresa. No entanto, o inquérito revelou um desafio-chave que os gestores têm de ultrapassar.
Mais de um terço dos colaboradores mais velhos prevê que aumentem as tensões no local de trabalho com a chegada da Geração Z às empresas. Com a próxima vaga de mudança impulsionada pela tecnologia a atingir e agitar ainda mais o local de trabalho, torna-se fundamental criar ambientes que permitam e fomentem um trabalho harmonioso e produtivo entre gerações.
O inquérito revelou que 65 por cento dos inquiridos concordam que há diferenças fundamentais no modo como trabalham os colaboradores de cada geração. As diferenças mais evidentes são encontradas nas respetivas atitudes, expetativas e estilos de trabalho. A comunicação presencial, embora continue a ser o método preferido entre todos os grupos, está em declínio se olharmos para a sua evolução de um ponto de vista geracional.
A preferência por este tipo de comunicação cai de 77 por cento entre a geração do Baby Boom para 58 por cento na Geração Z. Paralelamente, 73 por cento dos inquiridos da Geração Z acreditam que o seu futuro empregador irá satisfazer as suas necessidades, contrariamente a meros 48 por cento das outras três gerações.