Pais temem que número de ameaças online aumente, diz estudo

Recentemente, a Kaspersky Lab e da B2B International realizaram um estudo onde foi constatado que 30 por cento dos pais acham que não têm qualquer controlo sobre o que os seus filhos vêm ou fazem online, e 38 por cento temem que a relação das crianças com a Internet se torne num vício. Foi revelado ainda que mais de metade dos adultos com pais e avós ligados à Internet preocupa-se que possam estar igualmente vulneráveis.

O estudo evidenciou que mais de metade dos inquiridos acredita que os perigos que os seus filhos correm online estão a aumentar. Outra das preocupações é o risco de as crianças acederem a conteúdos inadequados ou explícitos, sendo que quase dois terços estão convencidos de que as crianças têm acesso sem restrições a esse conteúdo.

Outro receio dos pais é a possibilidade de as crianças encontrarem e comunicarem com estranhos e divulgarem informações pessoais. Dos entrevistado, 38 por cento, temem que os seus filhos possam se tornar dependentes da Internet e passar demasiado tempo online.

Seguidamente, na lista de preocupações surge o risco de as crianças encontrarem e provavelmente não conseguirem reconhecer algum malware, para 37 por cento dos pais. O bullying virtual aparece apenas em 35 por cento das respostas.

Adicionalmente às ameaças online às crianças, os pais também se preocupam que outras pessoas da família possam ser afetadas pelo comportamento descuidado das crianças. Por exemplo, a exclusão acidental ou perda de dados, ou despesas inesperadas por compras em aplicações de jogos online e de entretenimento.

Além destes receios, 52 por cento dos inquiridos têm pais que acedem à Internet e 29 por cento do total preocupam-se com a possibilidade de os idosos correrem riscos online e não saberem lidar com eles. Os inquiridos com avós com hábitos online consideram-nos ainda mais vulneráveis, sendo que dois terços – 13 por cento do universo total – preocupam-se com o que estes utilizadores podem encontrar na web.

As maiores preocupações em relação aos internautas mais velhos incluem o risco de se tornarem vítimas de malware ou de fraudes online; de perder dinheiro por causa de ameaças virtuais; ou de serem espiados. O estudo revela que a comunicação online com estranhos e o acesso a conteúdo impróprio/explícito também fazem parte das preocupações de quem tem pais e avós a aceder à Internet.

“A proteção é um instinto paternal, mas a Internet está a mudar as regras. O nosso estudo revela que muitos pais temem que o número de ameaças online direcionadas aos seus esteja a aumentar, mas muitos deles não tomam qualquer medida para proteger a sua família e mais de metade nem chega mesmo a conversar com as crianças sobre os perigos virtuais. E com um número significativo de adultos a preocuparem-se também com a falta de experiência online dos mais velhos, é essencial trazer o tema segurança na Internet para o ambiente familiar e proteger, assim, os nossos entes queridos”, afirma, em nota de imprensa, Alfonso Ramirez, diretor geral da Kaspersky Lab Iberia.

O responsável insiste ainda na importância de uma educação digital e na conversa entre os pais e as crianças/avós. “É muito importante que eles saibam como se proteger e aprendam a bloquear/evitar abordagens indesejadas e outros conteúdos suspeitos”, conclui Alfonso Ramirez.