Indra fecha contratos para vinte aeroportos na China

A Indra anunciou a adjudicação de contratos para a instalação de sistemas de ajuda à navegação em vinte aeroportos na China, num total de 18,2 milhões de euros. As soluções estão a ser implementadas em várias partes do território asiático, incluindo no aeroporto de Xangai Pudong, um dos três mais importantes.

No total, são 60 sistemas de apoio à navegação, que se juntam ao portfólio de contratos ganhos  pela Indra na China nos últimos anos – 200 DVOR, sistemas que emitem um sinal que permite aos aviões determinar o seu rumo, 300 ILS, que apoiam a aterragem instrumental dos aviões e 200 DME, para a medição da distância à cabeceira da pista.

Em março, a empresa já tinha conseguido a adjudicação de cinco radares para reforçar o controlo do espaço aéreo de Xangai e a zona centro-sul da China e Yinchuan, no montante de 10 milhões de euros. A multinacional é responsável por uma rede de radares que cobre a vigilância de mais de 60% do espaço aéreo chinês.

“Geograficamente, todos estes projectos reforçam a sólida posição da Indra na China, um dos mercados mais competitivos do mundo”, diz a empresa em comunicado. A equipa local é composta por 80 engenheiros especializados em sistemas de gestão de tráfego aéreo, sendo que a estratégia de expansão tem sido apoiada pelas equipas da Indra Navia (Noruega) e Indra Austrália, que foram pioneiras no desenvolvimento destas soluções.

Por outro lado, dois dos projetos são referências tecnológicas para a empresa: os sistemas de  gestão automatizada de tráfego aéreo dos centros de controlo de Chengdu e Xian. Abrangem um espaço aéreo de 4,2 milhões de km2, no qual se insere um dos maiores centros do mundo – só em Chengdu há mais de 400 controladores aéreos. Em Xian, está a ser feito um projeto de expansão para aumentar ainda mais a sua capacidade.

Um aspeto relevante destes contratos é que completam a carteira de produtos da marca para esta área de negócio, passando a cobrir todas as fases de voo. As ajudas à navegação fecham o círculo que já abrangia sistemas de gestão automatizada de tráfego aéreo, comunicações e vigilância radar. Um investimento estratégico, já que se prevê que o sector das ajudas à navegação tenha taxas de crescimento mais elevadas nos próximos anos.