Allianz alerta para ciber-riscos

Já não são só as empresas de segurança que alertam para os ciber-riscos. A seguradora Allianz vem dar uma ajuda assumindo que as empresas devem estar preparadas para uma nova geração de riscos cibernéticos.

Esta é, de resto, uma realidade em constante evolução e potenciada pela crescente interconectividade dos dispositivos atuais e dependência da tecnologia/dados em tempo real, a nível pessoal e corporativo.

Às ameaças estabelecidas de violação de dados, questões de privacidade e danos de reputação juntam-se agora outras, relacionadas com problemas operacionais, risco de interrupção de negócio e perdas potencialmente catastróficas, alerta um novo relatório – A Guide to Cyber Risk: Managing The Impact of Increasing Interconnectivity – do grupo Allianz, que analisa as mais recentes tendências no que respeita a riscos cibernéticos e ameaças emergentes em todo o mundo.

Uma realidade a que, segundo a seguradora, as empresas não devem ser alheias, já que, anualmente, o cibercrime custa à economia global cerca de 445.000 milhões de dólares.

“Até há 15 anos, os ciberataques eram bastante rudimentares e tipicamente feitos por ‘hacktivists’, mas a crescente interconectividade, globalização e comercialização do cibercrime promoveu um aumento exponencial na frequência e gravidade destes ataques,” afirma em comunicado Chris Fischer Hirs, CEO da Alianz Global Corporate & Specialty (AGCS). “Seguros contra cibercrimes não substituem uma proteção de segurança abrangente de TI, mas criam uma segunda linha de defesa para mitigar os ataques. A AGCS está a assistir ao aumento da procura destes serviços e estamos empenhados em trabalhar com os clientes para entender e responder cada vez melhor à exposição crescente a ciberataques”, conclui, convicto de que a consciencialização da exposição ao cibercrime por parte das empresas, bem como as alterações da regulamentação vão potenciar o rápido crescimento de seguros nesta área.

Prevê-se que os prémios de seguro contra cibercrimes cresçam globalmente de 2000 milhões de dólares anuais para cerca de 20.000 milhões na próxima década, com uma taxa de crescimento anual de 20 por cento.