Ataques de malware cresceram 25 por cento em 2014

Os ataques a redes e a aparelhos de telecomunicação aumentaram em 2014. Esta foi uma das conclusões de um estudo da divisão de segurança da Alcatel-Lucent, que apontou que 16 milhões de utilizadores foram vítimas de malware no ano passado.

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Os Motive Security Labs (MSL) da fabricante francesa de equipamentos de rede afirmam que em 2014 aumentou o número de ataques e ameaças a infraestruturas de telecomunicações e dispositivos móveis e fixos. A unidade da Alcatel-Lucent referiu que os ataques por malware, ou software malicioso, visaram a “espionagem corporativa ou pessoal, roubo de informação, ataques de denial of service a empresas ou governos, e esquemas de phishing relacionados com serviços bancários ou com publicidade”, de acordo com informações avançadas pela empresa francesa em comunicado.

Segundo consta, os consumidores que se abstêm de comprar artigos online por receio de colocar os dados dos seus cartões de crédito ou de débito na esfera virtual não estão imunes ao cibercrime. A investigação dos Motive Security Labs demonstrou que, em 2014, um grande número de quebras de segurança na Internet foram, na verdade, causadas por malware presente em caixas registadoras ou em terminais POS (Point of Sale).

O relatório dos MSL, que, disse a empresa, “analisou todas as plataformas móveis mais populares”, revela que no ano passado registou-se um aumento de 25 por cento dos casos de infeção por malware, face a um incremento de 20 por cento observado em 2013. A investigação caracteriza os dispositivos Android e Windows como os alvos prediletos dos cibercriminosos.

E parece que os iPhone e os telemóveis da BlackBerry não são alvos tão apetecíveis para as mentes mais obscuras do mundo digital. Contudo, estes aparelhos não deixam de estar vulneráveis às mesmas ameaças que os seus rivais Android e Windows, com os MLS a afirmar que “as novas vulnerabilidades que apareceram no ano passado deixam claro que estes equipamentos não são imunes aos ataques com malware”.

A crescente disseminação de malware é, segundo o relatório, potenciado pelos utilizadores, que não adotam as devidas medidas de segurança para escudar os seus dispositivos contra os criminosos cibernéticos. A Alcatel-Lucent disse que um inquérito realizado pelo Motive Secutiry Labs mostrou que 65 por cento dos utilizadores “terceiriza” a proteção dos seus aparelhos (tanto móveis como fixos), colocando sobre os prestadores de serviços essa responsabilidade. Paralelamente, descobriu-se que 13,6 por cento das redes residenciais estavam infetadas por malware, o que representa um aumento de cinco por cento face a 2013.

O progresso tecnológico e as ameaças que crescem na sombra dele são dois lados da mesma moeda. Quanto mais sofisticado for o programa mais sofisticados serão os ataques que visam comprometê-lo, pelo que os utilizadores precisam de adotar uma postura proativa no que toca à proteção dos seus próprios dispositivos, móveis ou fixos.