BT acusada de disseminação de backdoors

A operadora britânica, BT, é acusada de disseminar backdoors. Um documento publicado online explica como a operadora colabora com a GCHQ e a NSA.

British_Telecom_offices_in_Madrid_Spain_01-e1387297285696A BT fornece à agência de inteligência britânica, Government Communications Headquarters, e à National Security Agency,  acesso direto aos dados dos clientes através dos modems de Internet que fornece. Esta acusação é feita num documento de 50 páginas publicado anonimamente no site Cryptome.

Um porta-voz do operador revelou que Bruce Schneier, especialista em segurança da informação, vai abandonar os quadros da empresa no final deste mês.

O documento publicado online no passado dia quatro de dezembro tem o nome de “Full Disclosure: A Internet Dark Age” e teve atualizações alguns dias mais tarde. Os seus autores mantêm-se anónimos, mas dizem ser engenheiros numa empresa que fornece redes para pequenos escritórios e ambientes domésticos, no Reino Unido.

Este documento revela detalhes sobre a afirmação de que os modems fornecidos pela BT têm “backdoors” ou portas de acesso secretas, que podem ser usadas para recolher e enviar dados de cliente diretamente para instituições de espionagem no Reino Unido e dos Estados Unidos.

“Estamos em conformidade com a lei, onde quer funcionamos e não divulgar os dados de clientes em qualquer jurisdição, a menos que legalmente obrigados a fazê-lo”, refere o porta-voz da BT, Kris Kozamchak , chefe da BT Global Services.

Desde as revelações de Edward Snowden que Schneier se mostrou um opositor ferrenho da vigilância em massa exercida por agências governamentais, com alegado recurso a “backdoors”.