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CEOs pedem alinhamento entre mercado e sustentabilidade

Segundo o estudo global realizado pela Accenture e pelo UN Global Compact,  The UN Global Compact-Accenture CEO study on Sustainability 2013. Architects of a Better World, a maior pesquisa relativamente a sustentabilidade realizada até aos dias de hoje.

Num total de mil CEOs inquiridos todos transmitiram a sua opinião detalhada no que toca ao progresso do setor privado e a forma como este tem enfrentado os desafios globais de sustentabilidade. De acordo com 51 por cento dos inquiridos, o défice de recursos financeiros é o principal oponente ao avanço da sustentabilidade.

Numa perspetiva social, 93 por cento dos inquiridos concordaram que as questões ambientais, sociais e de governance são importantes para o futuro dos seus negócios. A incapacidade de integração entre sustentabilidade e valor para o negócio foi o obstáculo com maior crescimento, 18 por cento afirma que este facto os impediu de avançar com novas estratégias, que acabou por aumentar para 30 por cento dos inquiridos.

Outro dos entraves destacados é o dos consumidores considerarem o preço, a qualidade e a disponibilidade em detrimento da sustentabilidade. 82 por cento dos inquiridos consideraram este fator particularmente crítico na transformação do mercado.

Em análise ao estudo, conclui-se que os CEOs pedem maior colaboração inter-empresarial e entre governos, 83 por cento pensam que mais esforços por parte dos governos permitiria a sustentabilidade do setor privado. Precisamente 85 por cento dos inquiridos apelam a medidas políticas mais claras e iniciativas de mercado para apoiar o crescimento ecológico.

Quando questionados acerca de quais políticas devem ser prioritárias, 55 por cento salienta a regulamentação e os standards, enquanto que 43 por cento sublinha a necessidade de ajustes aos subsídios e aos incentivos governamentais. Apenas 21 por cento defende medidas mais suaves como a disponibilização de informação.

” Do otimismo inicial dos CEOs passou a existir a ideia de que as restrições e incentivos de mercado evitavam que a sustentabilidade estivesse no núcleo do negócio.” palavras do responsável mundial da Accenture pela área de Estratégia. ” Muitos CEOs acolhem agora com agrado a ação do governo para reformular as regras de mercado. Mas antes de tomar esse passo, os líderes empresariais devem reconhecer, que mesmo nos mercados imperfeitos de hoje, as organizações de alto desempenho devem combinar no próprio sucesso as políticas comerciais e de sustentabilidade.  Estas empresas estão a aproveitar a sustentabilidade como uma oportunidade de crescimento, inovação e diferenciação, e demonstram que isso é positivo para o negócio”.

Recorrendo à análise da Accenture conclui-se que um conjunto de abordagens devem ser adotadas por aqueles categorizados como líderes transformacionais, já que são mais propensos a ver a sustentabilidade como uma oportunidade de crescimento e inovação, investimento e implementação de novas tecnologias para promover a sustentabilidade.

 

 

Marina Bertolami

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