CES 2016 bateu recorde de produtos e expositores

A feira de tecnologia e eletrónica de consumo CES bateu este ano vários recordes, com 3800 empresas expositoras em 230 mil metros quadrados de área e 170 mil participantes. O evento, que teve a participação de pelo menos cinco empresas portuguesas, encerrou no sábado.

De acordo com os dados da Consumer Technology Association (CTA), que organiza a feira, a CES atraiu 50 mil profissionais internacionais e criou “oportunidades sem paralelo” para pequenas e grandes empresas. Os participantes vieram de 150 países diferentes e estiveram em Las Vegas 100 delegações oficiais, incluindo a primeira delegação cubana organizada pela recém-criada embaixada de Cuba nos Estados Unidos.

“Na CES 2016, toda a gente viu que a tecnologia é mais que produtos e serviços individuais, é a melhoria do nosso mundo e um veículo de esperança para o futuro”, comenta o presidente da CTA, Gary Shapiro. “Foi inspirador ver o encontro de indústrias tradicionais e não tradicionais na tecnologia para parcerias e colaborações em formas de fazer negócio e endereçar questões globais”, referiu.

A indústria automóvel esteve em grande neste evento, e não é por acaso que tanto a associação como a feira mudaram de nome: já não é a Consumer Electronics Association (agora é CTA) nem Consumer Electronics Show (apenas CES). Shapiro referiu isso mesmo nas intervenções que fez antes de algumas das apresentações mais esperadas, como a da IBM. A intenção é afastar a ideia de que a CES é sobretudo eletrónica de consumo e eletrodomésticos, visto que esta se tornou a referência no lançamento de inovações em áreas mais abrangentes, como a automóvel, a da realidade virtual e das cidades inteligentes.

Mas mais que as grandes empresas, a CES é um palco onde surgem inovações arrojadas e ideias muitas vezes ainda na fase de conceito. No Eureka Park, onde estes lançamentos são mostrados, o número de startups subiu de 375 para 500 em comparação com o ano passado. Drones e robôs tiveram particular expressão este ano.

Uma grande diferença em relação a 2015 foi que os serviços de boleias via smartphone Uber e Lyft puderam operar nas zonas das exposições, algo que só muito recentemente foi permitido no Nevada – um estado que bloqueou estes modelos de negócio e que agora passou legislação para os enquadrar.

A CES do próximo ano também já está marcada: de 5 a 8 de janeiro de 2017.