China bloqueia apps sul-coreanas e não se acanha de admiti-lo

O governo chinês confirmou hoje ter bloqueado as aplicações sul-coreanas de mensagens mobile KakaoTalk e Line, alegando que esta decisão faz parte de uma estratégia contra o terrorismo, naquela que é a primeira explicação que Pequim dá relativamente ao boicote lançado às apps.

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A Coreia do Sul disse que efetivamente a China bloqueara o acesso a algumas apps de mensagens oriundas de país estrangeiros, e avançou como premissa que as aplicações alienadas eram veículos de informação de índole terrorista.

Seul disse, no entanto, que manteria as negociações com a China para que os serviços sejam o mais rapidamente restabelecidos e retomem a sua normal operacionalidade.

Pequim, de sobrolho franzido, afirmou que as aplicações em questão estariam a ser utilizadas para conspirações terroristas e para incitar ataques, difundindo informações sobre como se constroem bombas.

Os acessos à Line e à KakaoTalk foram bloqueados no início do passado mês de julho, altura em que grupos insurgentes defensores da liberdade de expressão apontaram um dedo acusatório ao governo chinês, afirmando que este estaria a tentar abafar os protestos pró-democráticos que tinham lugar em Hong Kong.

Outros serviços têm também sido vergastados com inúmeros obstáculos atirados pela China, nomeadamente os fornecidos por empresas como a Google, pois o governo chinês parece adorar praticar tiro ao alvo com as tecnológicas norte-americanas.

Pequim mantém um pulso de ferro bem apertado em torno da Internet no país, cortando pela raíz quaisquer sinais de descontentamento ou de desafio face ao regente Partido Comunista.