China será responsável por 40% da produção de óculos de realidade virtual em 2016

A Canalys, empresa de estudos de mercado, prevê que os fabricantes de óculos de realidade virtual vão vender 6.3 milhões de unidades em tudo o mundo durante 2016 e que a China será responsável por uma fatia de 40% desse mercado.

Os fornecedores chineses tem dominado a CES Asia, que está a decorrer até dia 13 em Shangai, e estão a produzir óculos que ultrapassam a qualidade dos Gear VR da Samsung e dos Google Cardboard a um preço bem mais acessível que os Oculus Rift ou os HTC Vive, que são já equipamentos topo de gama.

A feira asiática tem sido um excelente palco para os fabricantes darem a conhecer os seus produtos aos utilizadores. O mercado dos óculos de realidade virtual tem tido uma evolução muito rápida, especialmente na China, onde existem mais de 100 fabricantes diferentes e em que algumas marcas já estão a trabalhar na quinta geração dos seus produtos como o caso da Baofeng Mojing. A Baofeng tem cerca de 6 modelos diferentes e reportou que já vendeu mais de 1 milhão de equipamentos.

“A concorrência é feita especialmente em relação à experiência do utilizador, qualidade do hardware e nos conteúdos. Os participantes da CES Asia 2016 estão dispostos a esperar em grandes filas para verem demonstrações de dispositivos de realidade virtual. Os vendedores chineses mais importantes como a DeePoon, Pico, Pimax e Idealens são os que estão a atrair mais consumidores” indicou o analista da Canalys, Jason Low.

A Canalys refere em comunicado que acredita os óculos menos dispendiosos atraem mais consumidores mas que os fabricantes têm de se focar em equipamentos mais desenvolvidos, onde residem as oportunidades de negócio a longo-prazo.

Já se sabe que alguns fabricantes chineses começaram a trabalhar em ambientes de realidade virtual que permitem que os utilizadores naveguem entre diferentes aplicações sem terem de retirar o smartphone do visualizador mas, até ao momento, são quase todas exclusivamente em chinês.

“O mercado chinês é altamente fragmentado e fabricantes como Huawei e DeePoon estão a tentar formar parcerias para ganhar vantagem competitiva. As empresas chinesas precisam de agir rapidamente antes que os fornecedores internacionais, como a HTC, Oculus e Sony ganhem posição” referiu ainda o analista.