Conselhos para evitar “sexting”

A percentagem é deveras ilustrativa: cerca de metade dos pais acreditam que as ameaças online aos mais jovens estão a aumentar e 31% pensam que não têm qualquer controlo sobre o que os seus filhos fazem na Internet. A Kaspersky resolveu dar uma ajuda por forma a evitar as consequências do denominado “sexting”.

As redes sociais e as aplicações de mensagens instantâneas continuam, a par dos seus inúmeros benefícios, a ser uma autêntica fonte de problemas, nomeadamente para os pais que veem os jovens expor a sua vida se qualquer tipo de controlo.

De acordo com um estudo da Kaspersky Lab, mais de um quarto dos utilizadores ignora por completo as configurações de privacidade das suas contas, fazendo a publicação de todos os seus posts ou imagens em modo público.

Ou seja, muitas vezes não têm em conta que esta partilha de dados e conteúdos fica à vista de todos, e no pior dos casos, pode chegar às mãos erradas.

No âmbito desta prática generalizada de partilhar tudo sem limites, tem proliferado entre adolescentes e jovens de todo o mundo um fenómeno grave e perigoso a que se deu o nome de “sexting” e que consiste na partilha de conteúdos íntimos, com fotografias ou vídeos, através de aplicações de mensagens ou redes sociais.

Esta nova tendência tem consequências graves para os utilizadores, uma vez que as informações pessoais podem ser indevidamente desviadas e inclusive ser publicadas em sites pornográficos ou utilizadas por cibercriminosos para chantagear as vítimas.

“Muitos utilizadores não estão cientes dos perigos do mundo virtual. Esta imprudência, muitas vezes inconsciente, pode significar sérios problemas aos jovens que trocam imagens ou vídeos com conteúdo sexual. Ter cuidado extra com a informação que se publica ou se partilha com desconhecidos é, por isso, imperativo nos dias que correm. Há que desfrutar do verão e partilhar a diversão com os amigos, mas tendo sempre o cuidado de resguardar a nossa intimidade e a dos que nos rodeiam”, sublinhou em comunicado Alfonso Ramírez, diretor geral da Kaspersky Lab Iberia.

“No entanto, os perigos deste fenómeno vão ainda mais além. Muitos utilizadores tornam-se objeto de assédio por parte de colegas de escola ou outros supostos ‘amigos’. Aliás, segundo a nossa investigação, o assédio online é, hoje, a maior preocupação dos pais”, conclui o mesmo responsável.

Neste sentido, cerca de metade dos pais acreditam que as ameaças online aos mais jovens estão a aumentar e 31% pensam que não têm qualquer controlo sobre o que os seus filhos fazem na Internet.

Alguns conselhos para evitar as graves consequências do “sexting”:

  1. Não partilhe fotografias íntimas. Muito menos com estranhos, mesmo que insistam para que o faça.
  2. Não envie conteúdos privados para atrair a atenção da pessoa de quem gosta. Se não for recíproco, essa pessoa pode acabar por divulgar as suas mensagens só por divertimento.
  3. Nao use o sexting como forma de pregar partidas ou de fazer piada. Este é um assunto sério, que pode trazer muitos problemas.
  4. Não publique foto íntimas nas redes sociais. Há sempre alguém disposto a usá-las contra si.
  5. Instala uma solução de segurança capaz de proteger contra estes perigos, como o Safe Kids da Kaspersky Lab.

O que fazer se estes conteúdos forem tornados públicos?

A Kaspersky Lab compilou uma série de recomendações a seguir tanto por vítimas como pelos seus progenitores:

  1. Não comente as imagens ou vídeos publicados nas redes sociais. Evitará, assim, atrair ainda mais atenção.
  2. É possível minimizar as consequências negativas publicando conteúdos positivos nas redes sociais. A melhor forma de fazer frente a esta situação é ignorar todos os comentários que tenham a ver com o incidente.
  3. Independentemente da plataforma onde se publicaram estes conteúdos íntimos, recomendamos que alerte o administrador do espaço para o informar que essas imagens ou vídeos foram publicados sem o seu consentimento. Neste caso, a plataforma é obrigada a eliminá-los.
  4. Se estas recomendações não forem suficientes, o melhor é contactar um advogado e informar-se acerca da legislação em matéria de proteção de dados pessoais e distribuição de pornografia infantil.

5.- Denunciar o delito aos organismos pertinentes, nomeadamente à Polícia Judiciária e Polícia de Segurança Pública (PSP).