Editorial: Um alerta assertivo: “Sejam um pouco paranóicos, sim?”

Eugene Kaspersky veio a Barcelona falar de coisas realmente importantes e que afetam diretamente as pessoas e as empresas. Não divagou, nem impôs conceitos, limitou-se a falar de uma realidade objetiva e alertar consciências sem ter de recorrer a realidades virtuais ou a operações de cosmética.

Chamem-lhe o que quiserem, mafioso, agente infiltrado ou louco mas Eugene Kaspersky faz pela segurança na Internet mais que qualquer governo ou organização mundial. Não o faz para vender mais, faz porque chegou a um patamar que lhe permite fazê-lo, porque dedica a sua vida à segurança nas TI e associou o seu nome à segurança de forma credível e eficaz.
Mesmo aqueles que constantemente o tentam destruir publicando notícias com supostas ligações à mafia russa ou aos serviços secretos russos, não o conseguem, não existem argumentos credíveis e enquanto isso, Eugene Kaspersky, não perde  tempo e dedica-se a uma causa: alertar consciências. Na conferencia que deu em Barcelona no MWC, abordou de forma direta e descomprometida os principais problemas da Segurança na evolução das TI. Falou também do seu produto, é óbvio, mas com um compromisso de transparência e credibilidade como mais ninguém o faz.

Andamos todos a brincar com coisas sérias, desenvolvem-se todo o tipo de aplicativos sem segurança, fazem-se projetos de IoT sem ter em conta as questões de privacidade, comunicamos uns com os outros em plataformas públicas de fácil acesso para qualquer curioso do crime cibernético. Ninguém se importa com a partilha nas redes socias de assuntos mais ou menos privados, e muitas vezes, corporativos, há informações ingénuas que valem milhões. Nas pequenas e medias empresas, os investimentos em segurança são tidos como um custo e não como um garante de estabilidade dos negócios. A evolução dos criminosos informáticos é tão ou mais rápida que a evolução das tendências, por isso é preciso ter em mente que no desenvolvimento de cada projeto de TI, seja qual for a sua grandeza, o fator segurança tem de estar presente de raiz tanto por parte de quem fábrica ou desenvolve, com o da parte de quem compra e/ou o usa.

Ser paranóico é mesmo necessário, isto não vai lá de outra maneira!

Veja aqui a reportagem da conferência de Eugene Kaspersky.