Edward Markey questiona segurança automóvel com TIC

O senador do Massachusetts, Edward Markey, está a questionar diversos fabricantes de automóveis sobre a segurança de veículos equipados com sistemas de Tecnologias da Informação e da Comunicação. A crescente integração de tecnologias de comunicação sem fio nos automóveis tem vindo a desencadear receios sobre hipóteses dos hackers assumirem o controlo dos carros.

AP751220992841As principais preocupações resumem-me ao medo dos hackers desativarem travões, destruírem sistemas de navegação, direção, aceleração, de pressão dos pneus, entre outros.

Edward Markey enviou recentemente uma carta aos CEO dos 20 maiores fabricantes de automóveis do mundo, onde pedia para estes explicarem o que estão a fazer relativamente à proteção dos veículos contra as ameaças de hackers e invasões de privacidade, feitas através de comunicações sem fio.

A Ford, Toyota, Volvo, BMW, Chrysler, Mercedes e Nissan são algumas das empresas envolvidas. O senador pediu detalhes sobre questões técnicas relacionadas com potenciais vulnerabilidades dos automóveis.

A carta enviada aos fabricantes cita um estudo realizado recentemente pela Defense Advanced Research Projects Agency, onde os investigadores Charlier Miller e Chris Valasek demonstraram como é possível dominar um automóvel através da Controller Area Network. Esta rede é utilizada por dispositivos dos veículos para comunicarem uns com os outros.

Os investigadores de segurança mostraram como potenciais atacantes podem enviar diversos comandos para as unidades de controlo eletrónico num carro, conseguindo assim fazer com que o veículo trave ou acelere repentinamente ou movimente o seu volante em direções diferentes.

O CEO da Cylance, Stuart McClure, refere que a indústria automóvel é um “alvo predileto para hackers”. A Cylance realiza avaliações de segurança para diversas empresas e fabricantes. “Muitos na indústria tentam desesperadamente suplantar os criminosos, mas, infelizmente, a existência de poucas orientações e fraca supervisão levam a novas oportunidades para o crime”, diz McClure.