Com quatro vezes melhor resolução que seu antecessor o Very Large Array (VLA), o radiotelescópio permitirá dar resposta aos desafios da física através do mapeando objetos cósmicos, buracos negros ou novos planetas, além de ir caracterizar habitabilidade em planetas próximos.
A primeira fase projeto do maior gerador de dados científicos do mundo envolve um investimento de 670 milhões de euros.
Esta é “a maior infraestrutura científica do século XXI”, afirma Domingos Barbosa, investigador do IT e coordenador do consórcio português. “O volume de dados produzido será cerca de cinco a sete vezes o tráfego internacional de internet”, acrescenta.
Portugal terá capacidade para albergar dois a três por cento desses dados, sendo uma porta de entrada nas infraestruturas digitais europeias, através de cabos submarinos. Este processo trará benefícios ao país, na medida em que levará à criação de incentivos para que as empresas melhorem as infraestruturas e instalem mais capacidade de processamento de informação.
“A equipa portuguesa tem a seu cargo a participação na pré-construção do projeto – em particular, na incorporação de tecnologias de informação – e a liderança no design da infraestrutura de computação do Telescope Manager. Nesta, a equipa portuguesa tem, ainda, a seu cargo os componentes que vão orquestrar o resto do telescópio”, explica, por sua vez, João Paulo Barraca, investigador do IT, professor na Universidade de Aveiro e líder técnico da área.
A construção da estrutura terá início em 2019 com cerca de 200 antenas de 15 metros na África do Sul e milhares de dipolos na Austrália. A segunda fase estende-se aos países vizinhos e tem data prevista para 2024/25.
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