Facebook reforça investigação em inteligência artificial

O Facebook anunciou que vai investir mais na investigação da inteligência artificial. A rede social vai trabalhar em parceria com a Universidade de Nova Iorque.

1959_artintellA empresa vai criar três laboratórios, dois nos Estados Unidos e um no Reino Unido, e já contratou um reputado académico francês para liderar a investigação de longo prazo.

“O Facebook criou um novo laboratório de investigação com a ambiciosa meta de longo prazo de trazer grandes avanços para a inteligência artificial”, refere o académico francês Yann LeCun, responsável pela operação.

LeCun é professor na Universidade de Nova Iorque, onde vai continuar a fazer investigação e a dar aulas, mas em part-time. O académico francês desenvolveu algoritmos de reconhecimento de caligrafia, que permitiram a criação da tecnologia que foi depois aplicada à leitura de cheques depositados em máquinas automáticas, e desenvolveu também outros trabalhos na área das redes neuronais artificiais, nas quais os computadores funcionam de forma análoga ao cérebro.

As instalações do novo grupo vão situar-se em Menlo Park, em Nova Iorque e em Londres.

Os computadores inteligentes vão permitir significativos avanços à rede social nos serviços que disponibiliza aos utilizadores e na tecnologia usada para mostrar publicidade direcionada.

Pode agora emergir um novo conhecimento sobre os utilizadores. Um estudo realizado recentemente demonstrou que a análise computacional dos amigos dos utilizadores permite determinar com quem é que estes têm uma relação amorosa, mesmo quando esta relação não é assumida nos seus perfis.

O futurista americano Ray Kurzweil foi contratado no início de 2013 pela Google para liderar esforços de investigação nesta área. Kurzweil é conhecido por defender o conceito de singularidade, o ponto em que a inteligência artificial será superior à inteligência humana.