Inovação foi o tema mais abordado no fórum da Indústria na era da revolução digital

O fórum “Indústria: revolução digital” foi um dos debates deste primeiro dia do 23º Congresso das comunicações. Os oradores convidados foram: António Neto da Silva, Presidente da Proespaço; Paulo Pereira da Silva, Presidente do Conselho de Administração da Renova; João Bento, Presidente Executivo da Efacec; José Teixeira, Presidente do Conselho de Administração da DST (SGPS) e António Neto da Silva, Presidente da Proespaço.

geral2João Miranda da Frulact falou do investimento em inovação e conhecimento como suporte de uma estratégia de internacionalização. Quando se fala de investimento em inovação fala-se de um investimento capaz de criar valor. “Quando queremos ter presença global temos que ter estrutura de suporte para leitura de tendências e expetativas dos consumidores”, explica.

A Frulact tem um centro de inovação e tecnologia na Maia, onde centraliza toda a produção de conhecimento. Esta empresa é maioritarimanete B2B, algo que João Miranda diz só ser possível por terem conseguido “antecipar quais serão as exigências dos nossos clientes e dos nossos consumidores”.

O presidente refere ainda que o uso crescente das TIC é decisiva para o ritmo crescente das empresas a nível internacional.

Paulo Pereira da Silva foi o segundo orador a intervir neste fórum. No caso da Renova, a empresa tem se centrado em pegar na marca e tentar globalizá-la o mais possível. “O mundo muda muito rapidamente e, por isso, nós temos de inovar. É essencial comunicar a marca em qualquer meio e ter um produto diferente”.

Sendo a renova marioritaramente B2B, a empresa tem de gerir dois problemas: as necessidades do cidadão e, por outro, as necessidades do cliente desta empresa. “Tudo o que temos conseguido na internacionalização da marca, tem vindo por termos uma visão de quais são as tendências de consumo e propor soluções para essas necessidades”.

Paulo Pereira da Silva sublinha ainda que “a comunicação digital é hoje muito importante e pode ser um fator decisivo na globalização de uma marca”.

O Presidente Executivo da Efacec, João Bento, começou por explicar que a sua empresa é muito pequena e, por isso, é decisivo ser muito competitivo no setor em que opera. “Foi decisivo sermos o parceiro preferencial dos nossos clientes”.

Para esta empresa, a inovação é uma questão de sobrevivência. “O investimento em conhecimento e em tecnologia permitem trazer sustentabilidade e entrar em novas frentes de negócio”.

José Teixeira foi o convidado seguinte a tomar a palavra. O Presidente do Conselho de Administração da DST (SGPS) começou por dizer que inovar é um estado de alma.

“Nesta empresa somos cerca de mil pessoas e todos têm 30 minutos por dia para colocar novas ideias no Fórum de Inovação. Têm surgido excelentes ideias e algumas já estão em construção”. José Teixeira explica que o sucesso da empresa depende de surpreender a concorrência, de antecipar aquilo que vai ser consumido nos próximos dias. “É ter alguém à janela para ver o que se passa”.

O Presidente disse ainda que o mundo está a girar em torno da sustentabilidade. “A fibra ótica será um facilitador em todas as áreas da sustentabilidade, sendo ao mesmo tempo uma grande oportunidade de exportação”.

Por fim, mas não menos importante, António Neto da Silva da Proespaço referiu que a indústria espacial é ainda pequena em Portugal e, por isso, é preciso apostar nela. “Temos que estar permanentemente focados nas oportunidades de investimento em todas as áreas ligadas à sustentabilidade ambiental. Para nós a crise mais profunda é não podermos manternos na terra, porque o planeta é finito e nós não mandamos na natureza”.

O Presidente da Proespaço falou ainda de algumas estratégias que a esta empresa pretende seguir. “Temos que começar a olhar para o que temos, termos consciência do que temos e apostar em novas áreas. Há muito a fazer. Investir em tecnologias que permitam aproveitar 71% do planeta é uma área que nos interessa muito”.

António Neto da Silva disse ainda que as TIC têm que se cruzar com todos os setores de atividade, por serem ferramentas fundamentais para identificar, desenvolver produtos e sistemas e atitudes que permitam resolver alguns dos problemas das empresas.