Internet no espaço para garantir acesso a todo o planeta

Para Elon Musk, responsável pela fabricante de foguetes SpaceX, a forma mais barata de fazer chegar a Internet a zonas remotas do mundo não é através de drones, mas sim através do espaço. A ideia parece estar a deixar as grandes empresas entusiasmadas, com a Google a demonstrar interesse no negócio, como avança o The Information. 

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A informação foi divulgada pelo The Information, que afirma que um negócio entre as duas empresas pode estar prestes a acontecer. A ideia é que a Google financie a produção de satélites da SpaceX, que podem fornecer Internet a todo o mundo, chegando assim, a milhões de pessoas.

De acordo com fontes próximas da Google, o negócio representará mais de dez mil milhões de dólares, com a possibilidade de aumentar ainda mais, depois de uma ronda de investimentos.

A SpaceX tem vindo a desenvolver foguetes para as viagens espaciais, com o intuito de baixar os preços destas deslocações. Tem vários investidores, onde se incluem empresas como a Valor Equity Partners ou a Draper Fisher Jurvetson.

O projeto de Internet a partir do espaço foi anunciado na semana passada e passa por colocar satélites em órbita, criando assim uma rede global de Internet com baixos custos. Difundindo a partir do espaço, é possível ter acesso à Internet em zonas remotas de países em desenvolvimento, onde o acesso à rede ainda não é possível.

A vantagem desta rede a partir do espaço reside na velocidade da luz, que permite que viaje até 40 por cento mais depressa no vácuo, entre os satélites, ultrapassando a fibra ótica que liga países e continentes, na Terra.

Assim, com a rede de satélites – a 1200 quilómetros de altitude – é possível passar a informação de uma forma mais rápida, com a vantagem dos custos que, na teoria, serão mais baixos do que implementar redes terrestres em pontos remotos do globo.

O fornecimento de Internet a todo o planeta tem sido uma das preocupações das grandes empresas, como é o caso do Facebook, que quer investir nos drones como uma forma de dar acesso à Internet às áreas mais inóspitas do mundo.