KPN cortará mais empregos por queda na receita

O grupo holandês de telecomunicações KPN cortará mais dois mil postos de trabalho após queda nos gastos do consumidores e uma concorrência acirrada pressionarem as suas receitas trimestrais na sua unidade de telefones móveis, fazendo com que os seus lucros ficassem abaixo das expetativas.

KPNAs ações do grupo, que em 2013 rechaçou uma proposta de aquisição feita pela principal acionista América Móvil do bilionário Carlos Slim, chegaram a cair até 5,7 por cento na transação desta terça-feira após divulgar que a sua receita com telefone móvel caiu 13 por cento na comparação anual.

Para melhorar as margens num cenário de receitas em queda, a KPN disse que cortará entre 1500 a dois mil postos de trabalho adicionais na Holanda, tendo já cortado 4650 empregos no país desde 2011. A KPN tinha pouco mais de 26 mil funcionários no total ao final de 2012.

O mercado holandês de telefone móvel tem sido difícil para a KPN, conforme os fluxos de receita tradicionais de mensagens de texto e chamadas vem secando, com utilizadores a trocar os serviços por aplicações baseados em Internet.

No geral, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 30 por cento no quarto trimestre para 614 milhões de euros, abaixo dos 652 milhões de euros esperados por sete analistas numa pesquisa da Reuters.

O grupo disse que espera retomar os pagamentos de dividendos de 0,07 euros por ação em 2014, sujeito à conclusão da venda de sua unidade alemã E-Plus à espanhola Telefónica.