Maioria das pessoas sente-se mais confortável a trabalhar remotamente

Cerca de 54% dos colaboradores relataram um aumento do volume de trabalho desde que mudaram para o trabalho remoto e apenas 9% notaram uma diminuição devido às novas condições de trabalho.

A digitalização das interações profissionais foi uma das mudanças rápidas de 2020.

Segundo dados de um estudo Kaspersky, no início do confinamento, 82% dos gestores estavam preocupados que a rápida mudança para o teletrabalho levasse a uma diminuição da produtividade, enquanto 69% dos colaboradores afirmaram que o trabalho à distância afetava negativamente o seu estado emocional.

Embora o estudo revele que mais de metade dos colaboradores sofreu um aumento do volume de trabalho, “64% dos inquiridos não se sentem mais cansados no final de um dia remoto”.

De facto, 36% declararam ter mais energia a trabalhar a partir de casa, “e 28% afirmaram não notarem uma diferença entre os dois formatos”.

No que se refere à estabilidade emocional, o formato remoto foi bem recebido pelos colaboradores: “67% relatam sentir-se mais confortáveis a trabalhar à distância ou não notaram um aumento de ansiedade associado a horas extraordinárias, enquanto 41% dos inquiridos afirmaram sentir-se ainda mais confortáveis a trabalhar a partir de casa.”

Em paralelo, a percentagem de trabalhadores que se sentiam desconfortáveis por se distanciarem dos seus colegas “era ainda bastante significativa”, com 36% dos inquiridos a dizerem que se sentiam mais cansados e 33% a relatarem que sentiam mais ansiedade a trabalhar a partir de casa.

Uma solução que se está a revelar popular entre os colaboradores em geral, diz a Kaspersky, “é o modelo de trabalho híbrido”.

Este formato é altamente favorecido entre colaboradores, “com quase metade (45%) a mudarem para um formato de trabalho híbrido em meados de 2021”.

Outra solução bem-vinda é a implementação de práticas de bem-estar empresarial. A boa notícia é que muitas empresas “estão à altura do desafio de procurar formas de ajudar a gerir um potencial esgotamento de um colaborador”.

De facto, 80% das empresas estão a investir em cursos de formação para melhorar as competências nucleares, tais como gestão e poupança de tempo (31%).

As empresas estão também a oferecer vantagens, tais como tempo livre adicional pago ou férias anuais (30%), e a proporcionar consultas e cursos de bem-estar online (29%).

No entanto, o estudo desenvolvido pela Kaspersky indica que “ainda há muito trabalho a ser feito para mitigar o aumento do volume de trabalho dos colaboradores remotos”.