Malásia prende hacker suspeito de ter ligações com o Estado Islâmico

O governo malaio capturou um homem suspeito de ter roubado e vendido informações pessoais de mais de mil funcionários de segurança dos Estados Unidos às unidades do Estado Islâmico localizadas na Síria. As autoridades policiais da Malásia disseram que o hacker aguarda extradição para os EUA.

A polícia malaia informou, durante a noite de quinta-feira, que, Ardit Ferizi, um indivíduo de 20 anos, natural do Kosovo, foi apreendido sob suspeitas de ter hackeado servidores do governo dos EUA e vendido informações relativas a cerca de 1,351 militares e funcionários federais norte-americanos. As autoridades acreditam ainda que estas informações foram vendidas à célula do Estado Islâmico situada na Síria.

Ferizi, conhecido no mundo online como Th3Dir3ctorY, chegou à Malásia em agosto de 2014, a fim de estudar ciências computacionais na capital Kuala Lumpur.

De acordo com um comunicado oficial publicado no website do Departamento de Justiça norte-americano, o hacker mantinha contacto com o britânico Abu Hussain al-Britani, suspeito de ser o cabecilha da divisão informática da organização terrorista.

Hussain, depois de ter em posse as informações roubadas, publicou no Twitter uma mensagem que anunciava que o Exército e o governo dos EUA tinham sido hackeados. A publicação era acompanhada por uma hiperligação para um documento de 30 páginas, no qual o Estado Islâmico ameaçava os cidadãos norte-americanos.

O procurador norte-americano Boente afirma, no comunicado, que os EUA irão investigar estes ciberataques até às últimas consequências.