Mercado português de produtos tecnológicos caiu 5% no final de 2015

O mercado português de bens de consumo tecnológicos voltou a ter um percurso negativo no último trimestre de 2015, apesar das compras de Natal, caindo 5% face ao período homólogo. São dados do mais recente índice Temax da GfK.

No total, este mercado alcançou vendas de 730 milhões de euros. Os únicos segmentos que cresceram no trimestre foram o dos grandes eletrodomésticos e equipamentos de escritório. No global de 2015, também se mantiveram no verde os pequenos eletrodomésticos e as  telecomunicações.

Os outros “reforçaram ou mantiveram tendências negativas em contraste com os dois primeiros trimestres de 2015”, indica o relatório da consultora. Um ponto interessante foi o desempenho do som dentro da eletrónica de consumo, segmento que caiu 6,7% no trimestre e 10% em valor no ano inteiro. “Contrariando a tendência negativa do sector, as Docking Mini Speakers apresentam um crescimento de aproximadamente 26% face ao anterior ano”, realça a GfK.

Tecnologia e equipamento de escritório

Os tablets continuaram a cair no trimestre do Natal, uma derrapagem de 17% que levou ao fecho das contas do ano com menos 13% de vendas. Nas telecomunicações, o trimestre foi negativo (-9%) mas o ano até cresceu um pouco, 2% para 737 milhões de euros. “Os smartphones foram, mais uma vez, o equipamento na área das telecomunicações que apresentou taxas de crescimento mais fortes”, indica a consultora.

No equipamento de escritório, que subiu 3,3% face ao período homólogo, o ano terminou a avançar 3,9%. O destaque vai para as impressoras laser, que registaram um crescimento de 39% em valor face a 2015, apesar de o segmento continuar a ser dominado pelos tinteiros e tonners. 

Fotografia e eletrodomésticos

Os consumidores portugueses compraram menos equipamentos de fotografia, segmento que deu um tombo de 14% no trimestre e de 20% no ano. Mas há um dado importante: o preço médio registou um crescimento de 26%, o que se explica pelo impulso nas câmaras compactas com e sem lente fixa de sensores de maior dimensão. Ou seja, os consumidores compram menos mas querem mais qualidade, e como tal pagam mais.

O sucesso do trimestre esteve nos grandes eletrodomésticos, com a subida mais elevada do índice (7%) e praticamente todos os produtos em crescimento, salvo as máquinas de lavar e secar roupa. No caso dos pequenos eletrodomésticos, as vendas melhoraram no último trimestre, mas a tendência é de estagnação. Avançou apenas 0,6%, abaixo da média do ano (1%). “A maioria dos produtos de cozinha, casa e de cuidados pessoais foram crescendo, enquanto os sazonais, como aquecimento, tiveram um pior desempenho no final do ano”, diz a GfK. Apesar disso, o segmento foi um dos melhores ao nível da faturação durante todo o ano.