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Mercado de wearables cresce 67,2% no primeiro trimestre

A consultora aponta para vendas de 19,7 milhões de unidades nos primeiros três meses do ano, contra os 11,8 milhões que tinham sido vendidos no período homólogo. Nestes totais estão incluídas pulseiras de fitness, relógios inteligentes e outros wearables básicos.

A Fitbit voltou a liderar a tabela, com 4,8 milhões de produtos vendidos e 24,5% de quota de mercado, o que até representa uma queda em relação a 2015. Já a chinesa Xiaomi ultrapassou a Apple e garantiu o segundo lugar, apesar de também ter reduzido a sua fatia do mercado, de 22,4% para 19% de quota (ainda assim, aumentou o número de unidades vendidas para 3,7 milhões).

Em terceiro lugar aparece então a Apple, que vendeu 1,5 milhões de Apple Watch no primeiro trimestre e captou 7,5% do mercado. A comparação com o ano passado não é possível porque o relógio inteligente só saiu em abril. O CEO Tim Cook continua a afirmar que o gadget está em linha com as expectativas, mas até agora não divulgou números oficiais de vendas.

Em quarto está a Garmin, depois a Samsung e a BBK, ambas com 700 mil unidades vendidas e 3,6% de quota.

“A boa notícia é que o mercado dos wearables continua a amadurecer e a expandir-se”, resume o analista Ramon Llamas, da IDC. “Os wearables que vemos hoje estão muito à frente dos que vimos quando o segmento se iniciou”, continuou, referindo a evolução no formato, design e funções. O problema, diz Llamas, é que este mercado está a ficar “sobrelotado”, o que significa que nem todas as marcas terão sucesso garantido.

As duas áreas em que o crescimento tem sido constante são as dos relógios inteligentes e wearables básicos, isto é, que não correm aplicações de terceiros. O analista Jitesh Ubrani explica que os relógios inteligentes tentam basicamente ser “tudo para toda a gente”, oferecendo experiências holísticas. Já as pulseiras de fitness, roupas conectadas ou aparelhos para os ouvidos (“hearables”) têm uma abordagem mais focada, com casos de utilização muito específicos.

Não quer dizer, portanto, que estes dois segmentos estejam a competir um contra o outro. “Neste momento, olhamos para ambos como essencial para a expansão do mercado global”, afirma Ubrani.

Olhando para a tabela que contabiliza apenas os relógios inteligentes, a Apple lidera com 46% de quota, tendo vendido mais do dobro da marca que está na segunda posição – a Samsung, com 20,9%. Segue-se a Motorola, com 400 mil unidades, a Huawei com 200 mil e a Garmin, com 100 mil. No total. foram vendidos 3,2 milhões de smartwatches no primeiro trimestre.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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