Microsoft cria sistema inovador de energia para data centers

Um conceito a ser desenvolvido por investigadores da Microsoft, no qual servidores são potenciados a células de combustível em detrimento das habituais tomadas elétricas, registou mais um avanço, com o anúncio da validação do conceito feito hoje.

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Segundo consta, a pesquisa poderá vir a constituir grandes avanços em tudo o que diga respeito à eficiência do data centers da empresa contribuindo para que as instalações se tornem mais ecológicas.

Sean James, gestor sénior de pesquisa de programação na Microsoft, comunicou o sucesso da demonstração do novo conceito, realizada no Centro Nacional de Pesquisa de Células Combustíveis, da Universidade da Califórnia, situada em Irvine. A demostração consistiu na potencialização direta de uma série de servidores por energia resultante das células de combustível, que nesta situação eram movidas a biogás.

Uma célula destas é composta por um ânodo, um cátodo e por uma camada eletrolítica que separa os dois. As moléculas de gás são catalisadas para se dividirem em protões e eletrões no ânodo. Os protões são capazes de passar através da camada eletrolítica, ao passo que os eletrões não, sendo forçados a viajar através de um circuito externo, o que produzirá energia.

James esclarece a razão para o sucesso do projeto, afirmando que este assenta no facto dos servidores serem potenciados diretamente através das células de combustível, e de poder contornar-se a dependência da energia elétrica. Explica também que os sistemas convencionais de células de combustível utilizam complexas técnicas de eletrónica para compensar as flutuações na voltagem aquando da carga ou da descarga. Porém, flutuações drásticas podem causar falhas catastróficas nos sistemas de células.

A inovação pode alterar integralmente a forma através da qual os data centers operam e são potenciados. E, se movidos a energia renovável, como biogás ou hidrogénio, estes sistemas vanguardistas podem permitir a redução significativa da pegada de carbono da cloud.