Microsoft vai falhar meta de expansão do Windows 10

A Microsoft admitiu que o seu objetivo de pôr o Windows 10 a correr em cerca de mil milhões de dispositivos até 2018 não vai concretizar-se.

Prestes a completar um ano de existência no mercado, o Windows 10 corre agora em 350 milhões de dispositivos em todo o mundo, e está a dias de terminar a oferta de instalação gratuita. Se 350 milhões foi o que conseguiu no primeiro ano sem custos, agora que será pago o ritmo de instalações deverá abrandar.

Durante o evento anual de programadores Build, em abril, a Microsoft explicou que a meta de mil milhões incluía todo o tipo de dispositivos – computadores, tablets, telefones, consolas Xbox One, sistemas de teleconferência Surface Hub, óculos de realidade aumentada HoloLens e outros aparelhos da Internet das Coisas.

Mas a culpa pelo falhanço da meta, que tinha sido anunciada em julho de 2015 por Terry Myerson, está a ser atribuído ao descalabro da estratégia da empresa para os smartphones.

“Estamos satisfeitos com o nosso progresso até à data, mas devido ao foco do nosso negócio de hardware de telefones, vai demorar mais que até 2018 para atingirmos a meta de mil milhões de dispositivos ativos”, concedeu Yusuf Mehdi, responsável por Windows Devices, num email enviado à Zdnet.

O segmento de telemóveis implodiu dentro da Microsoft e não é uma prioridade este ano. A empresa despediu mais de 7 mil empregados da divisão e basicamente acabou com a Nokia, que tinha comprado alguns anos antes. O foco em 2016 foi sobretudo convencer mais utilizadores a tomarem partido do update gratuito para Windows 10, que termina a 29 de julho.

“No próximo ano, estamos entusiasmados com o crescimento da utilização que vem de instalações comerciais e de novos aparelhos, e cada vez maior satisfação dos clientes com o Windows”, acrescentou Mehdi.