MWC | Como a Hyperloop de Elon Musk atrai e retém talento

A empresa que quer revolucionar o transporte de passageiros com um projeto de comboio tubular que pode ir até aos 970 quilómetros por hora, Hyperloop Technologies, esteve no Mobile World Congress para falar da retenção de talento.

A apresentação foi feita no âmbito do programa da plataforma 4YFN (4 Years From Now), que debate o futuro da tecnologia. A Hyperloop foi criada por Elon Musk, o CEO da SpaceX e da Tesla, e é agora liderada pelo alemão Dirk Ahlborn. Foi ele quem explicou a estratégia da empresa.

O modelo de atração e retenção de talento da empresa é diferente da maioria das empresas, senão mesmo de todas, assumindo um contexto de startup open-source. Com mais de 500 profissionais a trabalhar no projeto, a Hyperloop não tem nenhum empregado, nem qualquer financiamento. É uma metodologia open-source, comunitária, em que toda a gente trabalha um mínimo de 10 horas por semana em troca de opções de ações.

“Empresas como a BlackBerry, Blockbuster ou Kodak já não estão entre nós, e isso deve-se ao facto de terem sofrido uma disrupção por empresas mais pequenas”, disse Ahlborn. A Hyperloop quer que essa disrupção venha de dentro. “Trabalhamos com a nossa comunidade, pessoas como vocês, e normalmente quando se trata de transportes, esses tópicos são à porta fechada. Mas queremos fazer algo diferente, através do que chamamos ‘crowdstorm'”, disse.

O sistema que a Hyperloop quer construir, de hiper-velocidade, terá um nível elevado de segurança associado e um preço baixo a pagar por cada bilhete. A empresa está agora a construir carris para testar o protótipo na Califórnia e pretende dispersar-se em bolsa depois do verão. “A Hyperloop vai fazer hoje o que os caminhos-de-ferro fizeram há centenas de anos”, prometeu Ahlborn.

Além da velocidade, o que reduzirá o tempo de viagem entre grandes cidades, o projeto também terá impacto na redução dos níveis de poluição e no tráfego, que são um grande problema em metrópoles como Los Angeles, na Califórnia.