NextStep: Outsystems apresentou novidades em Lisboa

A tecnológica de origem portuguesa realizou hoje (19) o seu evento NextStep, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Com lotação quase esgotada, os participantes ficaram a saber em primeira mão quais as apostas e novas funcionalidades da Outsystems.

O dia começou com as boas-vindas dadas por Steve Rotter, CMO da Outsystems, que referiu que o evento tem três objetivos: tornar as pessoas mais inteligentes, mais conectadas e ser uma inspiração para ajudar à transformação do mundo e das empresas.

O executivo apresentou ainda a mascote da Outsystems que, pela primeira vez, tem uma figura que representa os seus colaboradores e valores. O astronauta, que passará a ser a imagem da empresa, receberá um nome no último NextStep que acontecerá em Chicago, no dia 2 de novembro.

Após a sessão de abertura,  foi a vez de António Félix da Costa subir ao palco do Grande Auditório do CCB,  para falar de “Technology, Data and Teamwork at 300 Km/h“. O piloto contou como iniciou a sua carreira, como é apaixonado pela velocidade e de como não é preciso ter só talento mas também trabalhar arduamente para se conseguir atingir os objetivos.

O trabalho em equipa é, de acordo com António Félix da Costa, outra da peças fundamentais quando se fala de desporto automobilístico. “A minha equipa tem de estar motivada e querer ganhar mais do que eu, isso é vital para o sucesso na corrida”, referiu.

“Se fizermos o nosso trabalho bem, vamos conseguir mais vitórias e maior motivação, o que terá como consequência melhores pessoas e profissionais à nossa volta. É assim que se consegue ter sucesso”, acrescentou.

O piloto português demonstrou como que a tecnologia é vital nos carros de corrida de hoje, em que só o volante tem mais de 400 funções. Outro exemplos referidos foram a existência de cerca de 100 sensores que aumentam o peso do carro em 7 Kg,  a necessidade de 3 developers só para programar o sistema de recuperação de energia e do trabalho feito em simuladores quer para conhecer a pista, quer para o concepção de peças para o carro.

António Félix da Costa terminou indicando que “superar as expetativas, trabalhar muito e reagir de forma rápida são a chaves do sucesso.”

Antonio_Felix_da_Costa_NextStep

Michael Facemire, Forrester Research VP e Principal Analyst Serving Application Development & Delivery Professionals, veio a Lisboa falar da evolução da experiência de desenvolvimento de software e começou com a frase de Arthur C. Clarke, “any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic (qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia)”, para demonstrar como as inovações tecnológicas nos podem parecer de facto uma coisa de outro mundo.

O analista apontou três grandes desafios ao desenvolvimento mobile empresarial, são eles a rapidez, a escalabilidade e a experiência do utilizador. E alertou que devemos falar em experiências mobile e não apps mobile pois, hoje em dia, a programação deve ser focada em melhorar a  interação do utilizador com a tecnologia.

“Os orçamentos para o desenvolvimento aplicações mobile estão a diminuir mas isso não quer dizer que a tecnologia vá ser substituída”, referiu Michael Facemire. O executivo considera que isto é derivado de cada vez existir mais software low-code e de agora se construírem experiências digitais e não apps. 

As tendências apontadas pela Forrester são a construção de aplicações mais pequenas, dinâmicas, modulares e para um ecossistema mobile. 

A manhã fechou com o keynote de Paulo Rosado, CEO e Fundador da Outsystems, que desvendou as novas funcionalidades da plataforma e suites da empresa. O responsável começou por traçar uma evolução do low-code e como a Outsystems chegou a líder, quer no quadrante mágico da Gartner quer na Forrester Low-code Wave.

Para o CEO da empresa, existem dois tipos de aplicações nas empresas e as “custom applications são o ponto forte da Outsystems.” As três grande vantagens da plataforma de low-code da empresa, segundo o executivo, são rapidez, agilidade e adoção. Mas existem outros pontos fortes como a escalabilidade, a segurança e o pixel-perfect UI.

Paulo Rosado e Gonçalo Borrêga, Product Manager da OutSystems, fizeram uma demonstração das capacidades da plataforma num ecossistema de digital factory. Através desta experiência foram sendo desvendados os novos recursos que vão ser disponibilizados pela Outsystems durante os próximos meses.

Em primeiro lugar, foram anunciados novos componentes gratuitos de IoT, Machine Learning e Inteligência Artificial (AI) com base nos serviços da AWS, Azure e IBM Watson. Outras novidades foram a opção de visual merged para texto, que facilita o desenvolvimento e oferece rapidez aos programadores, novos vídeos de treinolow-code para pixel perfect UIs, um novo benchmark para debugging com a oferta do Full Stack Visual Debugger, uma ferramenta que passa a ser nativa da plataforma que vai estar disponível em outubro.

Além do mais, Paulo Rosado indicou que vão existir novos playbooks de transformação digital, o novo recurso Tool for Test Manager and Automation, novas ferramentas DevOps abertas, possibilidade de integração com Microsoft Azure através da extensão Microsoft VSTS e que a plataforma possui não só 196 funcionalidades de segurança como certificação ISO27001 e ISO22301.

A última funcionalidade apresentada foi a de Microserviços e Containers com avaliação e análise de impacto, que será lançada em 2018. A nova arquitetura pretende ajudar os programadores a trabalhar apenas em pequenas áreas das aplicações sem terem de pensar nas implicações com outros componentes.

“Algumas destas funcionalidades não são muito excitantes mas serão certamente muito úteis”, referiu Paulo Rosado, durante a apresentação. O responsável indicou ainda que “graças à comunidade Outsystems, desde junho, já foram poupados 5 anos e meio (1459 dias) de trabalho” quando comparado com o tempo de desenvolvimento com outros softwares.

A verdade é que as novidades da Outsystems vão tornar as soluções da empresa ainda mais competitivas, facilitando o trabalho dos programadores e diminuindo o time-to-market das aplicações e experiências digitais. Isto irá com toda a certeza ajudar a tecnológica a manter-se como líder de mercado, ganhando cada vez mais adeptos nacionais e internacionais.