Novas tendências de negócio no primeiro dia do Congresso das Comunicações

Lara Veríssimo com Cátia Colasso-01

O primeiro dia do 23º Congresso das Comunicações ficou marcado pelo debate sobre as novas tendências de negócios, económicas e políticas. A saúde, o ensino superior, a indústria, a regulação e os média foram os outros assuntos debatidos neste primeiro dia do evento.

ResumoA sessão de abertura do Congresso contou com a participação do Presidente da APDC, Rogério Carapuça e do Presidente do 23º Congresso das Comunicações, Roberto Carneiro, mas teve como ponto alto o discurso do Primeiro Ministro português, Pedro Passos Coelho.

João César das Neves, economista e professor catedrático da UCP, abriu a sessão seguinte, que teve como tema as grandes tendências numa perspetiva económica, social e política. Esta conferência contou também com a presença de Pedro Magalhães, investigador auxiliar do ICS-UL, e do Professor Marcelo Rebelo de Sousa.

O papel do ensino superior foi outro tema debatido neste primeiro dia do evento. Nesta sessão foram levantadas as questões da empregabilidade dos recém-diplomados, o papel desempenhado pelas soft skills, o reforço da procura de cursos científico-tecnológicos e o papel das empresas e organizações na formação ao longo da vida. Essas questões foram respondidas por oradores das principais faculdades do país, como a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Universidade Católica Portuguesa e o Instituto Superior Técnico.

Os desafios da mudança na regulação também estiveram em debate no Congresso. A sessão “Regulação: o desafio da mudança” contou com oradoras da Zon Optimus, Vodafone, Anacom, Cabovisão e ONI. Assegurar condições de mercado que promovam a inovação e o investimento em redes de nova geração, garantir um ambiente de concorrência efetiva que permita o desenvolvimento sustentável dos players das comunicações e ofertas competitivas para os clientes e garantir a previsibilidade, estabilidade e consistência da regulação, foram os temas discutidos nesta sessão.

No auditório um do Centro de Congressos de Lisboa estiveram em debate três fóruns.

O primeiro fórum a ser apresentado foi sobre a saúde como um setor convergente. Estiveram presentes os oradores José Carlos Magalhães, Presidente da Comissão Executiva HPP Saúde; José Martins Nunes, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universidade de Coimbra; Salvador de Mello, Presidente do Conselho de Administração José de Mello saúde e Pedro Santana Lopes, Provedor da Santa Casa da Misericórdia.

Todo o debate centrou-se na questão do sistema Nacional de Saúde e do que ainda pode ser feito para melhorar as condições do setor público em Portugal. Os presentes concluíram que a interação entre os setores públicos e privados é essencial para a melhoria das condições deste setor.

O fórum que iniciou a tarde foi sobre o setor da indústria e da era digital em que nos encontramos. Para este fórum foram convidados os presidentes de diferentes setores industriais portugueses: António Neto da Silva, Presidente Proespaço; João Bento, Presidente Executivo da Efacec; João Miranda, Presidente do Conselho de Administração, Frulact; José Teixeira , Presidente do Conselho de Administração, DST, SGPS e  Paulo Pereira da Silva, Presidente do Conselho de Administração da Renova.

Todo o debate centrou-se na inovação e da necessidade que as empresas têm de ir de encontro ao que o consumidor procura.

Para encerrar o primeiro dia do Congresso das Comunicações, o Ministro Poiares Maduro tomou a palavra para falar sobre o papel dos media na sociedade portuguesa.

Depois da sua introdução foi a vez de dar início ao fórum  sobre os Media. No painel de convidados tínhamos os representantes de quatro grupos da área da comunicação: Rosa Cullell, CEO da Media Capital, Pedro Norton, CEO do grupo Impresa, Alberto da Ponte, Presidente do Conselho de Administração da  RTP e Rolando de Oliveira, Vice-Presidente do Conselho de Administração da Controlinveste .

Os oradores falaram das novas plataformas comunicacionais e da necessidade de se adaptarem a esta nova realidade.

Antes de encerrar o debate foi ainda falada da questão da RTP, dos problemas da TDT e do papel da ECR como entidade reguladora.