Portugal vai ter uma Estratégia Nacional de Computação Avançada

O desenvolvimento da Estratégia Nacional de Computação Avançada arrancou durante este mês de maio e está já a ser preparada pelo INCoDe.2030, Iniciativa Nacional Competência Digitais e.2030, em articulação com a estratégia da EuroHPC-JU, a Empresa Comum europeia para a computação de alto desempenho.

A Estratégia alinha-se com a agenda europeia em matéria de computação, na qual a Comissão investiu cerca de mil milhões de euros até 2020.

O objetivo da Advanced Computing Portugal 2030 é definir metas, objetivos e ações, envolvendo a Indústria, o Ensino Superior e as Unidades de Investigação, numa cooperação que irá colocar Portugal no grupo cimeiro da Computação Avançada a nível Europeu.

A computação de alto desempenho tem vindo a tornar-se uma ferramenta indispensável na era digital, melhorando a capacidade de processamento e análise de dados por parte de investigadores, empresas e Governos. A par da Inteligência Artificial, Big Data e Internet of Things, o acesso a computação de alto desempenho é hoje imprescindível numa lógica de inovação e competitividade.

Neste contexto, Portugal faz parte do grupo pioneiro de seis países que assinaram a Declaração da EuroHPC, em março de 2017, numa parceria comunitária para o desenvolvimento de recursos Europeus de computação avançada. Segundo um comunicado da Comissão Europeia, divulgado em janeiro de 2018, “a contribuição da UE para a EuroHPC será de cerca de 486 milhões de EUR no âmbito do atual Quadro Financeiro Plurianual, a que acrescerão as contribuições dos Estados-Membros e de países associados, de montante total semelhante. Globalmente, até 2020, o investimento público ascenderá a cerca de mil milhões de EUR, a que se juntarão contribuições em espécie das entidades privadas participantes na iniciativa”.

A elaboração desta Estratégia Nacional dá continuidade aos esforços que Portugal tem levado a cabo para o avanço do eixo 5 da INCoDe.2030, dedicado à investigação científica.

O Quanta Lab – Laboratório de Ciência, Tecnologia e Materiais Quânticos que arrancou em julho de 2016, nas instalações do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, em Braga é um dos projetos pioneiro desse esforço, a que se seguiu, em novembro de 2017, a criação do Minho Advanced Computing Centre, que inclui 20 bastidores da plataforma de computação avançada STAMPEDE 1, fruto da Parceria Internacional Portugal e a Universidade do Texas em Austin. Juntamente com Espanha, em abril do presente ano, Portugal submeteu uma proposta para instalação e gestão de infraestruturas de supercomputação, a promover no âmbito da Rede Ibérica de Comutação Avançada (RICA), estabelecida em novembro de 2018.