Um grupo de investigadores portugueses criou um sistema autónomo que monitoriza de forma integrada os oceanos, permitindo assim uma gestão mais sustentável dos recursos marinhos e uma redução dos impactos de riscos ambientais. O MarinEye é o nome do protótipo multitrófico para monitorização oceânica que vai fornecer ferramentas que permitem identificar alterações na biodiversidade.
A equipa do MarinEye é composta por quatros parceiros nacionais, com papéis distintos entre si. O CIIMAR é o promotor do projeto e, juntamente com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o MARE-Politécnico de Leiria, formaram uma equipa de biólogos e químicos de diversas especialidades responsáveis pela validação das variáveis obtidas com os diferentes módulos do projeto.
O INESC TEC incluiu uma equipa de investigadores na área da robótica, uma equipa especialista no desenvolvimento de sensores em fibra ótica e uma equipa de investigadores especialistas em análise de dados, responsáveis pelo desenvolvimento das componentes de robótica, sensores óticos e software de visualização e integração de dados, respetivamente.
Na apresentação de amanhã vão ser mostradas quatro tecnologias diferentes do sistema multitrófico: o sistema de multisensores, que vai integrar diferentes sensores físico-químicos capazes de medir, por exemplo, parâmetros como a temperatura, salinidade, oxigénio dissolvido, pH, entre outros, e uma plataforma de sensores óticos que vai ser validada para medição de dióxido de carbono dissolvido; o sistema de imagem de alta resolução, que recolhe imagens de fito e zooplâncton para avaliar a sua abundância e biodiversidade; o sistema de acústica, com capacidade de recolher dados hidroacústicos para retirar informação relativa à presença de mamíferos marinhos e estimativas de abundância de peixes; e, por último, o sistema de filtração autónomo, desenvolvido para filtrar e preservar o DNA / RNA de diferentes classes de tamanho das comunidades de micro-organismos que habitam e representam a maior biomassa dos oceanos.
O sistema inclui também uma plataforma de integração dos diferentes tipos de dados que vão ser gerados. Associado a esta plataforma existe ainda um software que permite visualizar e sumariar os dados, além de desenvolver uma série de modelos cujo objetivo é integrar e identificar inter-relações entre os diferentes parâmetros químicos, físicos e biológicos obtidos através dos diversos
módulos do MarinEye.
“Estamos convictos que o conceito de monitorização integrada e sincronizada no tempo e espaço de parâmetros físicos, químicos e biológicos implementado no MarinEye, é essencial para o conhecimento da complexidade dos ecossistemas marinhos e será certamente, num futuro próximo implementado em diferentes observatórios oceânicos”, explicam Catarina Magalhães, investigadora do CIIMAR e coordenadora do projeto, e Eduardo Silva, coordenador do Centro de
Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC.
Os investigadores pretendem, no futuro, operacionalizar esta tecnologia em contexto real e ainda integrar neste protótipo novas tecnologias, como, por exemplo, bio-sensores, com o objetivo de recolher o máximo de informação dos diferentes níveis do compartimento biológico in situ.
O projeto MarinEye recebeu um financiamento de cerca de 400 mil euros do programa EEA Grants.
O novo polo será a porta de entrada para os países no norte da Europa…
Tendo como foco a digitalização de todo setor da restauração, passa a ser possível pagar…
O novo ThinkPad P1 Gen 7 com processadores Intel Core Ultra com Intel vPro e…
Os ataques de phishing começam com o envio de uma mensagem falsa, via SMS ou…
O inquérito destaca quais as principais conclusões sobre o nível de conhecimento dos portugueses em…
O novo Centro irá oferecer uma experiência imersiva aos clientes SAP, suportada em IA.