Prosegur Research identifica tendências da inovação tecnológica criminal

A inovação criminal é entendida como o processo pelo qual se reformulam componentes substanciais de códigos e normas pré-existentes.

A Prosegur Research, o centro de Insight&trends da Prosegur, explica que há muito mais inovação na criminalidade, embora não se fale tanto sobre isso.

Há que assinalar que é mais fácil conceber e implementar novidades numa equipa que está fora da lei, “que quebra todo o tipo de regras e que assume riscos acima das suas possibilidades”. Além disso, têm também mais tempo “e, por vezes, mais recursos”.

Neste sentido, a inovação criminal é entendida como o processo pelo qual se reformulam componentes substanciais de códigos e normas pré-existentes que caracterizam o modus operandi de organizações ou indivíduos para fins ou meios ilegais.

Por outras palavras, é a adoção de novos padrões de comportamento criminoso.

É possível identificar tipos distintos de inovação, de acordo com a Prossegur Research:

  • Inovação crescente, que se baseia na necessidade de ultrapassar obstáculos na hora de cometer delitos (por exemplo, drones de organizações criminosas que começam como meio de vigilância e mais tarde incluem explosivos).
  • Inovação radical, que envolve mudanças fundamentais, saindo de processos e produtos anteriores, como os ataques terroristas de 11 de setembro.
  • Inovação disruptiva, que é aquela em que se fornecem bens e serviços menos dispendiosos e mais acessíveis e que acaba por substituir os formatos anteriores. Um exemplo seria a utilização da Inteligência Artificial para imitar as vozes de gestores em extorsões a empresas.

Os cibercriminosos estão constantemente a inovar. No futuro, espera-se que haja cada vez mais alianças entre organizações criminosas, terroristas e cibercriminosos.

Diz ainda o estudo que “continuaremos também a assistir ao crescimento dos mercados XaaS (Everything as a Service), bem como ao desenvolvimento intensivo da inteligência artificial e da robótica para fazer melhores armas e robôs ou soldados criminosos”.

A inovação criminosa, altamente ligada à capacidade de tirar partido dos desenvolvimentos tecnológicos de formas originais, continuará a ser orientada para investimentos de alta rentabilidade e baixo risco.