Receitas da Huawei na China dobram durante primeiro semestre
A companhia do setor de telecomunicações multiplicou suas receitas com smartphones no seu país de origem durante todo o primeiro semestre. As informações vêm de fontes ligadas à empresa, ouvidas pelo jornal China Daily e também pela agência de notícias Reuters.
O número demonstra uma resistência da empresa à desaceleração, naquele que é considerado o maior mercado de smartphones do mundo, liderado por rivais como Apple, Xiaomi e Samsung.
A fabricante de smartphones – quarta maior do mundo – não atingiu as metas de vendas durante dois anos, mas uma mudança de foco para modelos de luxo, aqueles com margens mais altas, conduziu o resultado, com vendas 33% maiores do que o mesmo período de 2014.
A reação aparece três anos após a Huawei decidir livrar-se de seu modelo de negócios anterior, que apelava para preços baixos e passou a desafiar Samsung e Apple nas categorias de luxo, classificada por analistas como “um nicho crescente de consumidores chineses dispostos a gastar nesses aparelhos”.
“Há um certo frisson com a Huawei neste momento, já que ela é cada vez mais associada com uma melhor qualidade de produto”, declarou o vice presidente para a região Ásia Pacífico da consultoria internacional IDC, Bryan Ma.
A empresa atualmente convence os consumidores do país asiático que vale a pena empenhar mais dinheiro em dispositivos cheios de funcionalidades e com preços “moderados”, complementou Ma.
O preço médio de venda no primeiro trimestre da Huawei Technologies saltou para 222 dólares, em comparação com quase a metade disso, 128 dólares, registrado um ano antes.
*Amauri Vargas é jornalista da BIT no Brasil
