S21sec descobre novo malware bancário

A S21sec detetou uma nova família de malware que tem como finalidade transferir dinheiro de forma fraudulenta da conta da vítima para outras contas bancárias. Este novo malware bancário tem por base o já conhecido código de malware “URLZone”, detetado pela primeira vez em 2009.

Segundo a S21sec, esta campanha está a ser dirigida sobretudo a clientes de entidades espanholas, no entanto, e com base em padrões de evolução verificados em ataques de malware semelhantes, a utilização deste tipo de malware poderá acabar por afetar outras empresas em todo o mundo. Estes ataques têm sido realizados utilizando como principal via de distribuição o envio de um email acompanhado de um anexo com a extensão “.pdf.exe” comprimido num documento denominado “factura-xxxx.pdf.zip”.

Uma das características deste tipo de malware prende-se com a utilização da tecnologia DGA (Domain Generation Algorithm), que, conforme refere a S21sec, consiste em gerar periodicamente uma grande quantidade de domínios aleatórios para dificultar o encerramento da botnet. Graças ao DGA, o botmaster é capaz de prever os domínios que se tentam conectar, permitindo antecipar-se e registar por si mesmo um deles e assim ativar a comunicação com a máquina infetada e com o servidor.

A empresa confirmou que este malware parece afetar entidades financeiras muito à semelhança do que acontece com outras botnets de famílias de malware específicas, como a Tinba, Kins, Pykbot e a Xswkit.  Isto significa que todas elas poderão estar a ser geridas pela mesma rede criminosa, a utilizar os mesmos processos de disseminação e a recorrer ao ATS.

S21sec explicou que, a partir do momento em que o processo de infeção estiver concluído, é efetuada uma injeção de código HTML em tempo real para enganar o utilizador infetado com engenharia social: o cliente recebe um pedido supostamente do seu banco para efetuar a devolução de um valor que foi depositado na sua conta por engano. Sem que seja modificada a página web da entidade bancária, aparece na realidade ao cliente um saldo superior ao que era suposto, levando-o a realizar de livre vontade uma transferência fraudulenta para uma outra conta bancária através do sistema ATS.