Sony decide exibir filme só em alguns cinemas

A Sony Pictures decidiu permitir a exibição da polémica longa-metragem “Uma Entrevista de Loucos” em algumas salas de cinema. Há menos de uma semana, a produtora cinematográfica embargara a apresentação do filme, depois de hackers norte-coreanos, apoiados por Pyongyang, terem-no publicado na Internet e ameaçado com ciberataques aqueles que não acatassem as suas exigências.

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O retrocesso na decisão da Sony foi fortemente motorizado pelos apelos lançados por salas de cinema independentes que faziam questão em não ceder às exigências dos cibercriminosos. Já as grandes cadeias de cinema mantêm a sua posição, avançando que a exibição do filme poria em causa a sua segurança cibernética.

O diretor executivo da Sony Pictures, Michael Lynton, disse que a empresa, apesar de ter suspendido o lançamento do filme que satiriza o assassínio do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, nunca desistira da difusão da obra cinematográfica protagonizada por Seth Rogen e James Franco.

Num estádio inicial, a Sony Pictures não via com bons olhos a exibição do filme somente num grupo restrito de cinemas, mas depois de ter sido pressionada pelos distribuidores independentes, cedeu, nunca deixando de referir que está empenhada em encontrar formas alternativas de dar a conhecer ao mundo a longa-metragem de 44 milhões de dólares.

Depois da decisão de não revelar o filme, o Presidente Barack Obama censurou a Sony pela ação que tomou, dizendo que não deveria ter aquiescido às exigências de marginais que intentam intimidar o governo norte-americano e forçar num Estado democrático a implementação de um clima de censura.

Esta semana, Washington inequívoca e oficialmente acusou o governo norte-coreano de atentar contra a nação norte-americana, e assegurou que retaliará com igual força, quando e como considerar mais adequado.

O filme “Uma Entrevista de Loucos” deverá estrear nos (poucos) cinemas no dia de Natal.