Web Summit | Pepper presente na Web Summit

O robô Pepper subiu ao palco Autotech da Web Summit acompanhado pelo seu criador Rodolphe Gelin da Softbank Robotics.

Gelin fez-se acompanhar pelo simpático robô que dá as boas vindas aos clientes à entrada de algumas lojas. Tendo em conta esse aspeto, o CSO foi questionado sobre o perigo dos postos de trabalho, ao que respondeu “se fizermos bem o nosso trabalho nenhum robot irá substituir o nosso lugar.”

Para o responsável da Softbank Robotics, “os robôs são para dividir o trabalho com os humanos. Nós temos que perceber como colaborar com os robôs. Eles não estão desenvolvidos para fazer tudo sozinhos.”

Seguindo essa linha de raciocínio foi dado o exemplo da medicina. Um robô pode ser desenvolvido para detetar com mais rapidez as doenças dos pacientes, mas segundo Gilen não deve ser o robô a comunicar o diagnóstico. “Nos diagnósticos médicos, os robôs podem fazer coisas fantásticas mas falar e explicar diagnósticos mais difíceis deve ser um papel sempre do médico.”  

A robótica pode acelerar processos e torná-los mais seguros mas existem algumas tarefas que os robôs não conseguem fazer, seja por motivos fisiológicos ou por falta de inteligência artificial. E foi também à procura de inteligência artificial que Rodolphe Gelin veio até à Web Summit. “Estamos aqui à procura de pessoas para desenvolverem aplicações robóticas”, confessou o executivo.

A empresa precisa de quem desenvolva aplicações porque “este robô é apenas uma plataforma, precisa do resto da informação para ser útil”, acrescentou. Nesse sentido, se existirem alguns postos de trabalho a serem eliminados pela inteligência artificial outros irão surgir para que a inteligência se mantenha.

O CSO da Softbank garantiu que, “são necessárias pessoas para cuidar dos robôs. É preciso gente que os fabrique, quem os arranje e muitas outras coisas, por isso irão surgir novos trabalhos.”

Com a conversa quase a terminar, ainda houve tempo para debate acerca de quem deve deter a responsabilidade dos robôs. Para o executivo, quem deve deter a responsabilidade é o proprietário, referindo que: “a responsabilidade é de quem tem o robot e não as fábricas ou as fabricantes de aplicações robóticas.”

Em relação ao futuro, Rodolphe Gelin não tem medo que a robótica e a inteligência artificial sejam consumidas pelas gigantes como a Google. Para o responsável, se a Google, por exemplo, desenvolve-se projetos de robótica, os robô poderiam ficar acessíveis a toda a gente.