“Wireless” é a palavra de ordem do local de trabalho do futuro

O gestor do negócio da Intel em Portugal disse hoje que as empresas estão a atravessar uma profunda transformação, motivada pelo aumento da mobilidade, da conectividade e da colaboração remota. Alexandre Santos afirmou que a Intel quer ajudar as empresas a tirar o máximo partido dessa nova configuração do local de trabalho.

“A nossa mensagem base é Workplace Transformation”, disse hoje Alexandre Santos, gestor da Intel em Portugal. Ele acrescentou que esta visão do ambiente laboral do futuro tem de suportar-se “no melhor produto”, referindo-se à parceria estabelecida com a HP que pretende dar corpo a esta missão.

“O Workplace Transformation não é mais do que falarmos do novo utilizador”, que é alguém que colabora remotamente com a sua empresa, que colabora para lá das quatro paredes da sala de reuniões. O gestor afirmou que este novo local de trabalho é caracterizado por uma total mobilidade. A Geração Y, composta pelos chamados Millennials, que, segundo estudos, representará a grande maioria da força de trabalho em 2020, está a redefinir o tradicional modelo de local de trabalho, levando as próprias empresas a terem que se moldar, adotando tecnologias que confiram uma maior mobilidade e conectividade aos seus colaboradores.

Com a solução Unite, a Intel entrou num mercado onde, por exemplo, a Cisco já navega há algum tempo. No entanto, o responsável disse-nos, o fator diferenciador da Unite é o preço. Ele afirmou que uma solução de colaboração concorrente exige que se faça um investimento ao nível de um conjunto de tecnologias e software acessórios, ao passo que a Unite, custando 600 dólares, pode ser operada num mini PC que corre sobre “um software muito simples e que permite esse ambiente colaborativo muito básico”.

Alexandre Santos disse-nos que a sexta geração de processadores Intel Core nasceu da crescente necessidade de maior mobilidade, de maior performance e de maior segurança.

Falando especificamente do ambiente corporativo, o gestor referiu a plataforma vPro, da Intel. Esta tecnologia permite que os gestores de TI das empresas possam administrar melhor a sua frota de equipamentos, que, dado a cada vez maior mobilidade da força de trabalho, está dispersa. Alexandre Santos disse que, por exemplo, as atualizações de sistema necessárias ou a introdução de novo software são feitas de forma remota, considerando que o colaborador não está confinado às instalações da empresa.

Mas “o vPro não se limita só à gestão”, afirmou. Esta plataforma da Intel também se apoia em tecnologia que pretende assegurar a autenticação dos acessos aos equipamentos. O representante da Intel em Portugal explicou-nos que um chip Intel Core, integrado no hardware, permite, através de um número único, identificar o utilizador o está a operar, o que evita, como o gestor disse, que tenham de ser utilizadas chaves token.

Virando-se para a vertente da mobilidade, Alexandre Santos falou de conectividade wireless, referindo os dispositivos Pro WiDi da Intel, que substitui a ligação HDMI física, o WiDock da HP, que permite que o PC esteja em contacto com todos os seus periféricos sem que tenha de estar ligados a eles por via de um cabo, e o Wireless Charging. O gestor disse que esta tecnologia será, tipicamente será instalada em ambiente doméstico.

Mas ele não descurou a vertente wired da conectividade corporativa. O executivo disse que mais dispositivos poderão conectar-se através do Thunderbolt 3 da Intel, com USB-C. Este standard, apresentado em junho deste ano pela tecnológica, e melhora, segundo Alexandre Santos, o I/O (input/output) do PC e “e a largura de banda é muito maior”.