Xioami chega aos EUA…mas sem smartphones

A Xiaomi vai começar a vender os seus produtos online nos Estados Unidos dentro dos próximos meses. Apesar de ser conhecida pelos seus smartphones de baixo custo que derrubaram os da Samsung na Ásia, a fabricantes chinesa só vai vender, por agora, headphones, pulseiras inteligentes e uns quantos outros acessórios, mas nada de telemóveis.

Através da plataforma Mi.com, a Xiaomi vai chegar ao mercado norte-americano, depois de no setor asiático ter usurpado a liderança da sul-coreana fabricante dos modelos Galaxy. No entanto, a tecnológica chinesa não vai, numa fase inicial, vender os seus afamados smartphones, que conquistaram já legiões de seguidores na China.

Segundo o vice-presidente de operações globais, Hugo Barra, dentro de poucos meses os clientes norte-americanos poderão comprar na loja digital da Xiaomi produtos como pulseiras inteligentes, headphones, baterias e routers.

A Xiaomi é considera a terceira maior fabricante de smartphones a nível mundial, perdendo o ouro e a prata, respetivamente, para a Apple e para Samsung, embora esta última tenha já sido destronada pela pequena fabricante no setor chinês.

A expansão até ao mercado norte-americano, ou o que poderá ser considerado o seu início, demonstra que a Xiaomi está determinada a concorrer com a rival Apple em território inimigo. Mas a fabricante revelou que ainda não tem uma data prevista para a chegada dos seus smartphones Mi aos Estados Unidos. O atraso na introdução dos seus telemóveis neste mercado poderá ser visto como uma medida preventiva, através da qual a Xiaomi examinará as atividades da concorrência sem estar no centro da batalha travada na esfera dos dispositivos móveis. Assim, a maior vendedora de smarthphones da China procurará alcançar uma maior notoriedade no setor dos Estados Unidos e angariar seguidores.

Segundo a Reuters, a Xiaomi estará já a tentar angariar parceiros no Brasil para evitar taxas sobre importação de dispositivos eletrónicos quando desembarcar nas costas da maior economia latino-americana. A sua entrada no mercado brasileiro, que já foi confirmada através da página oficial no Facebook, seria o primeiro passo que os smartphones da Xiaomi dariam para lá das fronteiras do continente asiático. Em dezembro, a Anatel, autoridade reguladora do setor das telecomunicações do Brasil, deu o seu aval à comercialização dos telemóveis chineses no país.

Em janeiro, Hugo Barra dissera que a Xiaomi planeava também estender as suas operações a outros mercados na região asiática, como o indiano, onde, apesar de ter tido um percurso atribulado, vê um mar repleto de oportunidades de negócio.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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