Estudo revela que 79,5% dos europeus usa a Internet como extensão do seu cérebro

De acordo com as conclusões do estudo, 79,5 por cento dos europeus admitem que usam a Internet como uma extensão do seu cérebro. Embora 57 cento tratem de obter a resposta por si mesmos, 36 por cento recorre diretamente à Internet sem puxar pela cabeça. Estes consumidores são avessos a investir tempo a puxar pela memória e chegam mesmo a duvidar dessas recordações.

Além disso, um quarto dos inquiridos admite que esquece a resposta obtida online assim que utiliza a informação procurada, sendo esta percentagem ainda superior nos maiores de 45 anos.

Esta crescente dependência da Internet como fonte de informação pode refletir impaciência ou a necessidade de velocidade num mundo em rápida mutação: 61 por cento dos europeus inquiridos dizem que precisam de respostas rapidamente e simplesmente não têm o tempo para bibliotecas ou livros. Esta percentagem sobe para 70 por cento na franja dos 16 aos 24 anos de idade.

O nosso cérebro reforça a capacidade de memória de cada vez que fazemos o exercício de recordar algo e, ao mesmo tempo, esquece os dados e factos irrelevantes que nos distraem. Algumas investigações anteriores demonstravam que recordar ativamente informação é uma forma muito eficaz de criar uma memória permanente. Pelo contrário, repetir passivamente a informação não contribui para criar uma memória sólida. Sobre a base desta investigação, pode-se argumentar que a tendência para procurar informação antes de sequer tentar recordá-la faz com que diminua a nossa capacidade de memorização a longo prazo.

Segundo o estudo da Kaspersky Lab, cerca de um quinto dos utilizadores europeus dá prioridade à velocidade de acesso à informação em detrimento das medidas de proteção na obtenção dos dados. Este impulso, cujo objetivo é conseguir a informação da forma mais rápida possível, combinado com a incapacidade de a voltar a recordar, tem consequências para a nossa memória a longo prazo e, como é evidente, para a segurança dos dispositivos dos quais dependemos. O estudo revela que os smartphones e os portáteis estão particularmente pouco protegidos por toda a Europa, com maior predominância nos utilizadores do sexo feminino, menos atentos à proteção dos seus dispositivos. Apenas um em cada três utilizadores europeus instala segurança extra, como software anti-malware, nos seus smartphones e apenas um quarto protege os seus tablets. Um em cada cinco não tem qualquer proteção adicional instalada nos seus dispositivos.

Com efeito, a segurança TI pode ser uma das primeiras vítimas da nossa impaciência em aceder à informação. A Amnésia Digital demonstra que já não acumulamos a informação nas nossas mentes porque podemos guardar e recuperar qualquer dado de um dispositivo digital ou da Internet.

“Esta impaciência no acesso aos dados e à informação coloca os consumidores em risco, já que tendem a tomar atalhos que não são tão seguros como deviam. A segurança e a velocidade não têm que ser mutuamente excluíveis. As soluções de segurança permitem proteger eficazmente o que mais importa, deixando aos utilizadores a liberdade de usufruírem de toda a informação da Internet, de melhorarem as suas recordações pessoais e de estimularem a curiosidade e a descoberta”, afirma, em nota de impresa, Alfonso Ramírez, diretor geral da Kaspersky Lab Iberia.

Catarina Gomes

Colaboradora da B!T, escreve sobre Negócios e TI. Gosta de desafios e, acima de tudo, de aprender. Fã acérrima de ficção científica e fantasia.

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