Acer é a mais recente entrada na realidade virtual

Lentamente, grandes fabricantes estão a pôr o seu peso por trás da realidade virtual. Sony, HTC, Facebook, Google, Samsung, e agora a Acer. A empresa asiática vai criar os óculos StarVR em parceria com a Starbreeze.

A iniciativa acontece numa altura em que a Acer aprovou os resultados dos primeiros três meses do ano, números pouco interessantes para os investidores – uma quebra de 73% nos lucros e um recuo impressionante das receitas globais, para mínimos de dez anos, devido ao abrandamento da procura no mercado de computadores. Ainda assim, manteve-se lucrativa, apesar do rombo de 26 milhões de euros devido às flutuações cambiais.

Mas o abrandamento no mercado de PC é uma tendência que não se vai inverter, a maturidade no mercado de smartphones explica a estagnação dos número, e talvez por isso mesmo a Acer esteja a olhar para o futuro. No comunicado, publicado no fim de semana, a marca asiática e a Starbreeze referem que vão colaborar no desenho, fabrico, promoção e vendas do aparelho, StarVR.

“A Acer é um excelente parceiro de hardware, proeminente e com experiência, que nos vai acelerar na realização e produção de óculos de realidade virtual de alta definição e alta fidelidade”, refere Bo Andersson Klint, CEO da Starbreeze. Esta é uma startup que produz experiências imersivas de realidade virtual.

Pelo lado da Acer, o presidente e CEO Jason Chen referiu que a empresa vai devotar recursos de Investigação e Desenvolvimento para vários áreas do ecossistema de realidade virtual. A ideia é criar uma “experiência coerente e de elevada qualidade.”

A origem do projeto StarVR está na experiência lançada pela Starbreeze em junho do ano passado, durante a feira de videojogos de Los Angeles E3, após a aquisição da empresa francesa Infinite Eye. Após o lançamento, a experiência de realidade virtual foi levada para a estrada. Também esta semana, a Starbreeze estreou no festival de Cannes a sua primeira experiência cinemática em RV, “Cockatoo Spritz”, realizada por Stephane Barbato.

Ainda assim, as duas empresas sublinharam no comunicado que um acordo definitivo ainda tem de ser assinado, formalizando a joint-venture que terá de ser aprovada pelos conselhos de administração.