Alcatel-Lucent e Nokia recuperam negociações [atualizado]

A Alcatel-Lucent e a Nokia recuperaram as negociações sobre uma possível fusão de operações. O negócio uniria, assim, dois dos titãs da esfera europeia dos equipamentos de telecomunicações.

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De acordo com a publicação alemã Manager Magazine, as conversações têm dois desfechos possíveis: uma fusão das empresas ou o estabelecimento de uma parceria próxima. Avançou também que as negociações teriam sido retomadas algures durante o outono.

No encalce do anúncio, as ações da empresa francesa subiram oito por cento, avaliando-a em mais de 8,1 mil milhões de euros (na Bolsa parisiense), ao passo que as da Nokia saltaram 2,85 pontos percentuais, colocando-a sob o valor de 24,4 mil milhões de euros (na Bolsa de Helsínquia).

As conversas entre a Alcatel-Lucent e a Nokia, de acordo com a publicação, não são uma novidade. Há já algum tempo (aproximadamente cinco anos) que as empresas ponderam uma união de forças, e na altura, provavelmente, nem a Nokia pensava ainda em vender a sua unidade de dispositivos, que passou para as mãos da Microsoft em abril, num negócio que valeu à finlandesa 5,6 mil milhões de euros. Desta feita, a Nokia redirecionou os seus esforços para o segmento das redes.

A Manager Magazine avançou que a Nokia, cuja força prende-se, agora, com o seu negócio de redes wireless, poderia vir a beneficiar da expertise da Alcatel-Lucent em matéria de redes fixas. Poderá assistir-se a uma fusão das mais-valias dos dois paradigmas de telecomunicações para dar origem a um novo modelo comunicacional, numa altura em que esbatem-se os contornos das redes fixas e das redes wireless devido à emergência da banda larga móvel.

A Nokia tem procurado restituir um crescimento saudável e progressivo ao seu negócio de redes, enquanto a Alcatel-Lucent mantém os seus esforços focados na reestruturação e na mitigação de despesas, bem como na geração de lucro para amortizar dívidas.

Também as empresas do setor europeu das redes são afetadas por rivais como a chinesa Huawei, que têm focado os seus esforços no desenvolvimento de equipamentos de baixo custo que têm vindo a conquistar uma expressiva popularidade entre as operadoras, que procuram reduzir despesas e adquirir maiores bases de utilizadores.