Amazon enfrenta mais uma greve na Alemanha

Uma vez mais a Amazon não é vista com bons olhos na Alemanha, numa altura em que a gigante do comércio eletrónico tem em mãos mais uma greve por parte dos seus funcionários alemães, instigados pelo grito de guerra da união de serviços de comércio germânica, Verdi.

Desde de dezembro do ano passado que os trabalhadores dos centros de distribuição da unidade alemã da Amazon têm protestado contra os anémicos salários e as condições de trabalho desfavoráveis. Contudo, até hoje, a administração da empresa, na sua torre marmórea, tem ignorado os apelos daqueles responsáveis pelo seu sucesso.

A Verdi dirigiu-se hoje aos empregados, que representa, e orquestrou mais uma manifestação de descontentamento e a suspensão das operações.

Desde há já quatro meses que os funcionários reinvindicam pagamentos que se adeqúem aos padrões da indústria do retalho. Contudo, e registando-se como a sua única intervenção neste assunto, a Amazon, na sua faraónica altivez, afirmou que os funcionários dos centros de distribuição não se enquadram no setor retalhista, mas antes no logístico e que, como tal, recebem acima da média.

“Visto que a administração da Amazon teima em rejeitar negociações coletivas, a Verdi hoje, quinta-feira, 17 de Abril, 2014, apela a mais uma greve em Bad Hersfeld e Leipzig”. Eram estas as palavras que se liam no apelo da Verdi aos trabalhadores da Amazon na Alemanha.

A inércia da Amazon é, com efeito, surpreendente, tendo em conta que a Alemanha é o seu segundo maior mercado de atuação, atrás dos Estados Unidos.

Resta-nos, então, saber se esta resistência da empresa de e-commerce é fundamentada em princípios inexoráveis, ou se se trata apenas de um jogo de forças do qual quer sair vencedora.