Android é alvo de 97,5 por cento dos ciberataques a plataformas móveis

O sistema operativo Android é o alvo escolhido em 97,5 por cento dos ciberataques feitos em sistemas operativos móveis. Os dados são revelados pela Kaspersky no relatório de malware do terceiro trimestre de 2013.

733702-NA empresa de segurança aponta como uma das principais causas do grande volume de ataques a grande popularidade do sistema operativo, que só no último trimestre registou uma quota de mercado superior a 80 por cento.

No terceiro trimestre deste ano, a Kaspersky Lab acumulou mais de 120 mil modificações de malware móvel no seu sistema, quase mais 20 mil amostras do que no trimestre anterior.

A Kaspersky destaca também o facto de a Google “manter a opção de instalar aplicações de terceiros inclusive nas versões mais modernas”.

As aplicações mais conhecidas, por serem as mais procuradas pelos utilizadores, são também as mais atacadas. O cibercriminoso apenas precisa modificar a aplicação com um código malicioso e aproveitar a sua popularidade para propagar o malware.

O sistema da Kaspersky Lab identifica as amostras de códigos maliciosos que estão a ser inseridas nas aplicações modificadas utilizando tecnologias baseadas na cloud, heurística e assinaturas antivírus, podendo determinar que aplicações são maliciosas antes que sejam executadas no dispositivo do utilizador.

No início do terceiro trimestre deste ano foram identificadas duas vulnerabilidades muito perigosas no Android, ambas conhecidas como Master keys, que permitem que os componentes de uma aplicação evitem a assinatura encriptada, de modo que o sistema operativo Android a considera legítima.

No ranking do malware móvel, o primeiro lugar pertence aos trojans Backdoors, com 31 por cento, menos 1,3 por cento que no trimestre anterior. Na segunda posição encontram-se os trojans SMS, com 30 por cento, seguindo-se os programas trojan com 22 por cento e os Trojans-Spy com cinco por cento.

Em junho deste ano, os analistas da Kaspersky Lab registaram casos em que se usavam botnets de terceiros para propagar dispositivos móveis infetados por outros programas maliciosos administrados por outros criminosos. Deste modo, propagava-se o Obad.a.

O roubo de dinheiro dos utilizadores é o principal foco do malware móvel. No terceiro trimestre apareceu um novo programa malicioso que permite aos criminosos roubar dinheiro também das contas bancárias da vítima.