Como acelerar a implementação da banca digital em Portugal

Portugal é um dos países que tem mais smartphones com banda larga e, segundo a ANACOM, 40,8% dos portugueses utilizam internet no telemóvel. Com este número, seria de esperar que os portugueses fossem dos que mais serviços recorrem através da internet, mas no que se refere à banca digital, não é o que se sucede.

De acordo com um estudo da Marketest, apenas 25% da população, entre os 25 e os 34 anos, utilizam o serviço mobile banking através de App.

E as perspetivas neste setor não parecem ser as mais otimistas. A OpenText, especialista em soluções de Enterprise Information Management (EIM), analisou as principais tendências que poderiam ajudar a acelerar a implementação da banca digital em Portugal.

  • Convergência: as entidades bancárias terão que organizar a oferta de todos os serviços através da internet, evitando a necessidade de deslocação até a um balcão. Também deverão incorporar serviços financeiros que outros agentes como o PayPal ou a Amazon têm vindo a desenvolver nos últimos anos.
  • Disrupção Digital: num mundo cada vez mais conectado e omnichannel, e com um aumento exponencial da IoT, é necessário poder garantir o acesso à banca digital, a partir de qualquer dispositivo que seja usado pelos utilizadores, no seu dia-a-dia. As principais mudanças ocorrerão longe de abordagens tradicionais, afetando tanto a experiência num banco, para fazer uma transferência ou verificar informações de conta, a partir de um tablet ou outro dispositivo móvel.
  • A Cloud, o mobile, o Big Data e o Big Content: estão a direcionar os novos investimentos empresariais de infra-estrutura de TI para fornecedores de cloud, juntamente com um novo foco na visualização de dados e análises avançadas, para a criação uma verdadeira visão de 360º dos seus clientes.
  • Sucursais: é preciso mudar a ideia do que é uma sucursal. Deixar de as ver como escritórios de gestão financeira que passará completamente para o online, mas começar a vê-las como escritórios de vendas.
  • Incorporação do cliente: Os bancos devem desenvolver novos serviços que atraiam novos clientes e procurar formas de criar relações emocionais com eles, no mundo digital para conseguir retê-los e fidelizá-los. Algo relativamente simples até agora, uma vez que era feito pelos trabalhadores das sucursais.
  • Normativas: com os serviços cada vez mais globalizados, a regulamentação e as leis vêm de organismos tanto nacionais como internacionais, tornado cada vez mais complicado o cumprimento. A utilização de dados não estruturados ganhará maior importância, de forma a responder aos pedidos de informação dos reguladores.
  • Estratégias de vídeo: vão substituir os folhetos e a informação tradicional, dos produtos. A importância dos vídeos será cada vez maior e deverão ser adaptados, de forma a serem vistos em todos os dispositivos móveis.
  • Marketing Digital: será omnichannel, segmentado por perfis, para obter mais informações e utilizar muito mais tecnologia de apresentação.

Christian Menda, diretor de vendas da OpenText Ibéria, assinalou em comunicado de imprensa que “para que os utilizadores comecem a usar os serviços de banca online, as entidades bancárias devem estar um passo à frente das suas necessidades e exigências. É vital que se consiga gerar confiança, facilitar as transações e proporcionar uma experiência completa e omnichannel e, para isso, é necessário que as entidades contem com uma solução segura, de fácil utilização e flexível.”