Aplicações móveis pesam apenas 10% nos gastos empresariais

Isto significa que o nível de gastos decresceu 2% em relação a 2015, uma tendência global num estudo que abrange a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), Estados Unidos, América Latina e Ásia-Pacífico. A Gartner inquiriu os responsáveis de TI com o pelouro do desenvolvimento de aplicações móveis.

“A procura por aplicações móveis nas empresas está a crescer, mas a urgência de escalar o desenvolvimento não parece ser uma prioridade para a maioria das organizações”, analisa o especialista da Gartner Adrian Leow. “Isto deve mudar, em particular porque os empregados muitas vezes têm autonomia na escolha dos aparelhos, aplicações e mesmo processos com que executam tarefas”, avisa. “isto coloca uma pressão adicional no departamento de TI para desenvolver uma maior variedade de aplicações móveis em menos tempo.”

Uma nota positiva é que 42% das organizações esperam aumentar os gastos no desenvolvimento de aplicações móveis em 31% este ano – apesar de ainda serem orçamentos muito pequenos.

O relatório indica que a maioria das organizações que desenvolve apliações móveis está focada em desenvolvimento personalizado, em vez de customizar apps configuráveis ou construir em cima de templates prontos a usar. Isto acontece nas aplicações empresariais e naturalmente estende-se ao móvel. Por outro lado, muitas apps móveis pré-configuradas ainda exigem um trabalho de desenvolvimento significativo, para itnegrarem as bases de dados e aplicações no back-end na interface.

Leow admite que a oferta de aplicações pré-configuradas é limitada e que se os programadores passam a maior parte do tempo a integrar, então não devem ter de comprometer a qualidade no front end que é inerente a este tipo de soluções.

“Quando se adiciona as aplicações públicas que os utilizadores estão a adotar pessoalmente para o trabalho, como a Dropbox, o problema de gestão torna-se claro”, sublinha Leow. A capacidade do departamento de TI para inventariar e distribuir estas aplicações é fragmentada e incompleta na maioria das vezes, nota o responsável.

A solução é, por isso, investir no desenvolvimento de uma “app store empresarial”, diz o analista. As organizações inquiridas têm, em média, 26 aplicações móveis empresariais, sendo que um terço foram construídas de raiz e as restantes são pré-configuradas – Box, Evernote e SAP Fiori.

Mais detalhes disponíveis no estudo “Survey Analysis: How Enterprises Are Tackling Mobile App Development in 2016.”

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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