Apple nunca trabalhou com NSA para monitorizar iPhone

A Apple nunca trabalhou com a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e não tem conhecimento de tentativas de espionagem dos seus smartphones, afirmou a empresa em resposta a uma reportagem de que a agência teria desenvolvido um sistema para hackear e monitorizar iPhones.

4S-5047A revista alemã Der Spiegel afirmou nesta semana que uma unidade secreta da NSA, que está a ser fortemente criticada pela extensão e profundidade dos seus programas de espionagem em todo o mundo, desenvolveu um processo e um programa especializados para se infiltrar e controlar uma infinidade de dispositivos de computação, incluindo telefones móveis.

A reportagem incluiu um gráfico da NSA datado de 2008 que delineou um sistema em desenvolvimento chamado DROPOUTJEEP, descrito como um “programa implante” que permite aos infiltrados monitorizar e recuperar dados de iPhones, como listas de contatos. A revista referiu-se a ele como um “trojan”, ou programa mal-intencionado que ajuda hackers a entrar em sistemas protegidos.

A reportagem não sugere que a Apple tenha colaborado com a agência de espionagem dos Estados Unidos no desenvolvimento de programas do tipo.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a NSA não se pronunciou sobre qualquer alegação específica, mas disse que o seu interesse “em qualquer tecnologia é impulsionado pelo uso dessa tecnologia em alvos de inteligência estrangeiros.”

“Os Estados Unidos perseguem a sua missão de inteligência com cuidado para garantir que os usuários inocentes dessas mesmas tecnologias não sejam afetados”, acrescentou a agência.

O iPhone foi um produto relativamente inovador em 2008, ajudando a revolucionar a indústria de telefonia móvel.

“A Apple nunca trabalhou com a NSA para criar um programa secreto em algum dos nossos produtos, incluindo o iPhone. Além disso, não temos conhecimento deste suposto programa da NSA que teria como alvo os nossos produtos”, disse a empresa em comunicado.

“Vamos continuar a usar os nossos recursos para ficar à frente dos hackers mal-intencionados e defender os nossos clientes de ataques à segurança, independentemente de quem estiver por trás deles”, acrescentou a empresa.