Bancos podem perder até 40% dos seus lucros líquidos com a chegada das Fintechs [com vídeo]

O discurso do Governador do Banco de Portugal no Banking Summit, em Lisboa, evento organizado pela Associação Portuguesa de Bancos com o patrocínio da IBM, mostra bem que os Bancos, ao contrário de outros setores, estão conscientes que vão perder mercado para as Fintechs e que essa perda pode significar 40% dos seus lucros líquidos.  

Os Bancos não serão mais, em muito pouco tempo, como os conhecemos até aqui. As pequenas Fintechs que se estão a especializar, em nichos de marcado, como as pequenas transações e pagamentos internacionais, assim como alguns sistemas de pagamentos localizados ou específicos, já entraram em muitos países no lucro dos Bancos, estas empresas cobram mais barato, tendo em conta os baixos custos de estrutura. No entanto, ao contrário de outros setores, os Bancos estão bem conscientes das alterações que a transformação digital já está a imprimir no mercado, e estão bem preparados, já a oferecer produtos e  serviços de qualidade com características semelhantes aos das Fintechs.

Alguns Bancos afirmaram inclusivamente que já em 2007 anunciavam que os seus concorrentes iam ser as grandes tecnológicas e que a sua inspiração atual são as grandes tecnológicas chineses, como foi o caso do BBV.  Que mostrou um conjunto de soluções que tem apresentado aos seus clientes, assim como o investimento constante em Fintechs, com a intenção de as comprar e colocar os produtos desenhados por estas no mercado. A Banca tem dinheiro, e mais do que dinheiro tem nos seus quadros gestores experimentados e cheios de conhecimento,  e não vai deixar que se entre no seu negocio de forma simples, conscientes de que não estão sozinhos e que a palavra de ordem é integrar, não hostilizar, deixar entrar, e não fechar portas.

O primeiro dia do Ranking Summit mostrou que os Bancos estão preparados para a transformação digital e que tudo farão para que as percas previstas entre os 10% e os 40% se fiquem pelo mínimo. Ficou ainda uma mensagem positiva de reconhecer as qualidades das novas empresas que querem ficar com parte do seu negócio.

Veja aqui do discurso na integra do Governador do Banco de Portugal: