Blackberry quer lei que obrigue programadores a criar apps

A BlackBerry quer alargar a lei da neutralidade a conteúdos e aplicações, obrigando os programadores a fazerem uma versão para BlackBerry sempre que criarem uma app. O CEO falou em discriminação numa carta dirigida aos congressistas e publicada no blog da marca.

blackberry

Que a BlackBerry possui uma biblioteca de aplicações mais reduzida do que os seus concorrentes, não se pode negar, mas agora a marca quer que isso mude através da lei. A ideia é estender a legislação que já existe, e que garante a neutralidade na internet, às aplicações e restantes conteúdos.

Numa carta enviada ao lesgiladores norte-americanos e agora publicada no blog da BlackBerry, o CEO John Chen alerta para a discriminação e injustiça que a empresa tem sofrido devido à falta de leis que apoiem e garantam a neutralidade em todos os setores da internet.

De acordo com Chen, é urgente incluir os conteúdos e aplicações nesta legislação e forçar os programadores a desenvolverem versões para todos os sistemas operativos e não para apenas um ou dois. Isto significa que todas as aplicações criadas para iOS ou Android teriam, obrigatoriamente, de existir também numa versão para BlackBerry ou Windows Phone, por exemplo.

Esta alegada injustiça terá levado à criação de um mercado dualista em que os utilizadores de iPhone ou Android têm acesso a mais aplicações do que os restantes e Chen classifca esta situação como um exemplo claro de discriminação com base nos sistemas operativos.

A BlackBerry explica ainda que a situação torna-se mais injusta devido ao facto de o problema ser apenas unilateral já que os utilizadores de outros sistemas podem aceder a aplicações BlackBerry. Mas os clientes BlackBerry não usufruem dos mesmos privilégios.

A única forma de contrariar esta tendência seria, então, por meio de atualização da legislação a cargo da Comissão Federal de Comunicações.