Bosch usa IA generativa na sua produção

Espera-se que a IA generativa reduza o tempo necessário para a implementação e configuração de soluções de IA de vários meses para apenas algumas semanas.

A Bosch está a testar IA generativa e modelos básicos na produção. Em projetos iniciais em duas fábricas da Bosch na Alemanha, a IA generativa cria imagens sintéticas para desenvolver e dimensionar soluções de IA para inspeção ótica e otimizar modelos de IA existentes.

A Bosch espera que esta medida ajude a reduzir o tempo necessário para planear, lançar e acelerar aplicações de IA dos atuais seis a doze meses para apenas algumas semanas.

Após um teste piloto bem-sucedido, este serviço de geração de dados sintéticos será disponibilizado a todas as localidades da Bosch.

“Quase metade de todas as fábricas da Bosch já utilizam IA nas suas operações de produção. Com a ajuda da IA generativa, não estamos apenas a melhorar as soluções de IA existentes, mas também a estabelecer as bases para uma utilização ótima desta tecnologia futura na nossa rede global de produção”, afirma Stefan Hartung, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH.

As fábricas piloto da Bosch já estão a usar IA na programação, monitorização e controlo da produção.

Na fábrica de Hildesheim, por exemplo, a análise de dados baseada em IA ajudou a reduzir em 15% os tempos de ciclo durante o aumento da produção de novas linhas.

Na fábrica em Estugarda-Feuerbach, novos algoritmos reduziram os processos de teste de componentes de três minutos e meio para três minutos.

“Com a IA generativa, estamos agora a dar o próximo passo na evolução da inteligência artificial e a levar a produção moderna a um novo nível”, afirma Tanja Rueckert, membro do conselho de administração e diretora digital da Bosch.

Neste processo, a Bosch pode aproveitar a sua própria experiência: os modelos de software para IA generativa foram desenvolvidos pela investigação da empresa e estão agora a ser implementados no terreno pelas fábricas da Bosch.

Muitas destas fábricas têm uma coisa em comum: concentram-se de forma consistente na Indústria 4.0.

“A Bosch digitaliza e conecta as suas próprias fábricas e as dos seus clientes há mais de dez anos. Agora estamos a combinar a Indústria 4.0 com a inteligência artificial: a fabricação conectada fornece dados e a IA avalia-os”, explica Rueckert.